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portugal dos pequeninos

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O GALO QUE AGITA AS CAPOEIRAS

João Gonçalves 13 Fev 10


«A política não é um espaço de amizades; e Aguiar-Branco, o mais fraco dos três [candidatos à presidência do PSD], devia ponderar a sério se os objectivos do partido (derrotar o PS) não serão mais importantes do que os seus próprios interesses (liderar o PSD). Até porque Rangel, mais do que Aguiar-Branco, pode ser o homem certo para essa tarefa incerta: inteligente, temerário, mediaticamente apelativo e com o escalpe do dr. Vital Moreira à cintura, Rangel é o único candidato dos três que põe o PS a espumar. Nestas questões, convém apostar no galo que agita as capoeiras.»

João Pereira Coutinho, CM

A CLIQUE

João Gonçalves 13 Fev 10


A clique que presentemente domina o PS começa a incomodar algum PS que existia antes dela. E mesmo alguns que, inexplicavelmente, fazem parte dela. Desbiografados sem prestígio profissional ou político, deslumbrados palonços e néscios sem referências aliaram-se, para servir de capachos e de testas-de-ferro como as chocas nas touradas, a dois ou três cristãos-novos da nomenclatura que manda na seita desde a queda de Ferro Rodrigues. A perda da maioria absoluta foi-lhes, no entanto, fatal. Bem tentaram, como os derradeiros desenvolvimentos públicos revelam, mantê-la por meios aparentemente dignos da melhor impunidade política eslava sediada, por exemplo, no Kremlin. Lá também há eleições, empresas em regime de golden share, imprensa "livre" e uma justiça robustamente "independente". Se esta clique do PS morasse no Kremlin e edifícios limítrofes, não se notava a diferença. Justamente por isso, alguma gente do PS com noção do seu futuro político e com um módico de decência anda inquieta. A permanência da clique rapace compromete a dignidade e a credibilidade de um partido que sustenta o governo de Portugal. E, consequentemente, a dignidade e a credibilidade do país num momento crucial.

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OLHAR O LUME E ASSAR CASTANHAS

João Gonçalves 13 Fev 10


«E uma palavra final para esse destroço do naufrágio geral, que voga à tona das águas, agarrado a uma bóia de salvação que diz "procurador-geral da República". De há muito que, por outras e variadas razões, defendo a gentileza da sua demissão. Na esteira dos seus antecessores, já se sabia que ele nada pode, nada manda e pouco sabe do que se passa na casa que supostamente dirige. Agora, ficou a saber-se que já nem em si próprio manda e que gasta o melhor do seu tempo a redigir comunicados a desmentir e a contradizer os seus próprios e anteriores comunicados. Num dia recebe o encargo solene do ministro da Justiça para apresentar medidas que ponham termo à bandalheira da violação do segredo de justiça e, no dia seguinte, declara no Parlamento que nada há a fazer quanto a isso. Há, sim, dr. Pinto Monteiro: uma reforma na aldeia, a olhar o lume e a assar castanhas.»

Miguel Sousa Tavares, Expresso

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