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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

ANÁLISE CAMÁVEL

João Gonçalves 12 Fev 10

«Enviar alguém para a cama de alguém.» Aqui está um maravilhoso exemplo de elevação política abonatória do regime e dos seus fiéis servidores. De fino trato e esmerada educação, como se dizia na tropa.

UM TRIO E UM LÍDER

João Gonçalves 12 Fev 10

Entretanto o PSD tem mais um candidato, um tipo de boas famílias do Porto que pretende vagamente "unir", essa palavra nula em política. O país não o conhece de lado nenhum. Conhece moderadamente Passos Coelho. E, dos três, só confiou em Paulo Rangel, há pouco tempo, para vencer o PS em eleições. Há algum motivo para o PSD, primeiro, e para o país, depois, deixar de confiar nele?

EU, ENCORNADO, ME CONFESSO

João Gonçalves 12 Fev 10

"Encornado"? Como diz o povo, em casa de enforcado não se fala em cordas. Todavia, é bom que se perceba e denuncie, em definitivo, o regime de patos-bravos em que vivemos. De pulhas, melhor dizendo.

DELGADO RELOADED

João Gonçalves 12 Fev 10


Se não ouvisse não acreditava. Luís Delgado - sim, o Delgado atento, venerador e obrigado - disse há pouco na antena1 que a Sócrates está cada vez mais próximo de acontecer o que aconteceu a Nixon. Se Delgado o diz, quem somos nós - pobres marcianos que assistimos a isto tudo com a típica pacatez de cães serra-da-estrela - para o contrariar?

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PAÍS MISERÁVEL E COM PESSOAS ESTRANHAS

João Gonçalves 12 Fev 10


Quem acha que o "casamento" homossexual tem importância comparado com a gravidade que paira na existência de alguém como José Sócrates e o que ele anda a fazer, tem hoje, nesta já tardia sexta-feira, lendo o jornal Sol, a oportunidade de se redimir e pensar que, de facto, em vez de aberto, este país tem níveis democráticos absolutamente imaturos e, demasiadas vezes, inexistentes. José Sócrates tem valets de chambre em todo o lado. Acena com cargos e absorve tudo (quase tudo). Parece que Vale de Almeida, um valet de chambre, foi aplaudido de pé, naquela praça de toiros, enquanto providências cautelares manhosas respiravam na estratosfera. Vale de Almeida, além de oportunista, não percebe, porque é vaidoso, que está a ser convenientemente utilizado pela nomenclatura e que, se a nomenclatura será absolutamente irrelevante no dia seguinte à sua transição para o passado, ele muito mais. Ninguém lhe vai agradecer. Nem os "sim", que, depois de "casados", continuarão com um país absolutamente podre. Podre a sério.

AUTO-RETRATO E O RETRATO

João Gonçalves 12 Fev 10

1. «O pensamento totalitário é aquele que define o mundo em função de certo e errado e aglutina tudo em função dessas categorias.» É tipicamente o seu, Fernanda Câncio, ou precisa de explicador? Mas, não vá dar-se o caso de não querer perceber apesar de se auto-intitular "jornalista", aí vai:
2. «Esta estratégia de controlo pelo dinheiro ficou absolutamente clara na declaração de Sócrates a José António Saraiva por este agora revelada (i, 10/2): "Isto de a gente tentar comprar jornalistas é um disparate, porque a melhor forma de controlar a imprensa é controlar os patrões." Esta frase é lapidar como exemplo negativo; deve entrar directamente para os manuais de ciência política. Retrata exactamente parte do que tem sucedido em Portugal. Controlando os patrões, condiciona-se as empresas por inteiro. A imprensa é livre, mas os jornalistas não. Precisam de salário ao fim do mês, como toda a gente. Contrariar o Governo, por interposto patrão, pode significar perder o emprego, promoções, etc. As boas pessoas entram em processo de autocensura; algumas más pessoas entregam-se ao poder político. Com empresas de media e jornalistas fragilizados, o Governo pôde e pode fazer uma barreira de fogo de imposição de notícias, de agenda e de soundbites através de telefonemas, do próprio Sócrates ou de assessores governamentais. Acresce o controlo governamental político e financeiro da Lusa e da RTP. Na TV do Estado acumulam-se diariamente os casos de condicionamento da livre actividade jornalística. O caso do Telejornal é escandaloso, mas o Jornal da Tarde, feito a partir do Porto, é explosivamente escandaloso no servilismo à estratégia comunicacional do Governo até ao mais mínimo detalhe. O caso mais recente ocorreu no dia das primeiras revelações do Sol, 05/2, criando um "motim" na redacção (CM, 10/2). Desde 2005, há também o controlo da ERC, peça fundamental para atacar o jornalismo independente e abrir caminho à estratégia do Governo. Último episódio: o presidente da "reguladora" não quis analisar o caso TVI (não interessava ao Governo). Ele e a alma gémea, Estrela Serrano, puseram-se à parte desse inquérito, num acto de sedição dentro da própria instituição. No conjunto destas acções directas ou indirectas resulta uma estratégia de condicionamento geral, de anestesia, com semelhanças à de Putin na Rússia (aí com recurso à violência): uma democracia formal, com as liberdades de informar e opinar intactas - mas com condicionamento das vozes críticas e das notícias inconvenientes. A estratégia da aranha completou-se com o controlo do topo do aparelho judicial, a paralisação do funcionamento dos tribunais, as tentativas de condicionar os juízes e o desesperado recurso, ontem, por um homem de mão de Sócrates, de usar uma providência cautelar para impedir o Sol de noticiar o "esquema". Com audições anódinas, o Parlamento contribuirá para denunciar o Governo, mas não tomará medidas importantes para desbloquear Portugal. Quanto ao Presidente da República, o Governo conseguiu condicionar-lhe a palavra no momento crítico pré-eleitoral e neste momento Cavaco Silva revela considerar mais importante o controlo das finanças do que promover uma solução para o bloqueio político-institucional que varre a sociedade portuguesa de alto a baixo, apesar de esse bloqueio também contribuir para o agravamento da situação financeira. O círculo do "esquema" fecha-se e gira sem cessar e sem solução. É a isso que se chama "pântano", metáfora do bloqueio generalizado do sistema político. Enquanto a Justiça, o Presidente, o Parlamento e o PS democrático - todos nadando no "pântano", alguns contra vontade - não se livram deste primeiro-ministro nefasto para a democracia e o país, mais não resta do que continuar a denunciar o bloqueio, os abusos, as ilegalidades e os condicionamentos da livre actividade de informar, opinar e manifestar usando as liberdades formais. Eu estou com os autores dos blogues que dizem que preferiam escrever sobre outras coisas, em vez de termos de nos preocupar sistematicamente com a política e os perigos para o exercício da liberdade. Mas desde 2005 que me sinto obrigado por dever ético de cidadania a descrever e criticar o caso Sócrates, que é outro nome para o pântano. A resistência democrática e republicana a este Governo nefasto calha melhor neste ano de centenário do que os elogios ao regime de Afonso Costa, esse José Sócrates de há um século que levou a República à ruína e à ditadura.» (Eduardo Cintra Torres, Público).

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