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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

«PER ME GIUNTO»

João Gonçalves 7 Fev 10



Este clip do Don Carlo, de Verdi, é uma homenagem à coragem, à amizade, à fidelidade e à fraternidade. É provável que não se entenda bem nos dias de hoje. Nenhuma delas. Piero Cappuccilli, José Carreras. Herbert von Karajan. Festival de Salzburgo. 1986.

O NOME DELAS

João Gonçalves 7 Fev 10


O melhor de tudo é chamar certas pessoas pelo nome delas, a saber, inexistências neuronais. I believe it's their technical name.

O CONTEXTO

João Gonçalves 7 Fev 10

Ninguém nega nada. O problema é a "descontextualização" das conversas entre a nomenclatura, dizem. Se é assim, "descontextualizadas", imagine-se no contexto.

DA CREDULIDADE

João Gonçalves 7 Fev 10

Faço uma ligação para este post de Filipe Nunes Vicente para não ter o exclusivo de ligações através dos blogues da bajulação untuosa, sistemática e estúpida do regime. Mas a circunstância de ter tais ligações tipicamente revela alguma ingenuidade por parte do seu autor. Com este regime - leia-se, com Sócrates - não há distinção entre a manipulação dos media pelo poder e o cerceamento da liberdade de expressão. Ou, melhor, nunca se levou tão longe a paranóia controleira e o ataque deliberado e profissionalizado à liberdade de expressão. E com uma diferença importante. Sócrates, porque é um produto dela, teve geralmente boa imprensa. Cavaco raramente, quer como chefe do governo, quer como PR. Também não gosto de muitos jornalistas, bloggers e comentadores, mas jamais me passaria pela cabeça, fosse algures poder, mandá-los calar por interpostas negociatas ou com a complacência pastosa de outros poderes. Prefiro o conflito à paz dos cemitérios. No "fascismo", toda a gente sabia com o que é que podia contar e com o que é que não podia contar. Você, FNV, pode dizer, sem hesitações, com o que é que pode contar ou deixar de contar com esta gente dissimulada e inequivocamente perigosa?

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ENTRADAS À PALA

João Gonçalves 7 Fev 10


Grande parte da cultura disponibilizada pelos organismos públicos é gratuita. Nos museus, nos palácios, nos teatros, no bailado, são mais os que entram sem pagar bilhete do que os que pagam, "noticia" o jornal Público.


Eu, uma vez, perguntei, com ironia discreta, a uma pessoa do métier se achava que as salas cheias queriam dizer alguma coisa. Responderam-me que sim, aquilo era mesmo lucro e interesse das pessoas pela cultura, um óptimo trabalho de divulgação e não, não eram mesmo amigos dos amigos dos amigos. Lá agora, que disparate! Calei-me, está bom de ver, e sorri. Pela minha parte, só sei que nunca paguei para ir ao São Carlos porque chegaram-me sempre convites, que já entrei uma data de vezes sem pagar em museus, que tenho, basta querer, livros de borla ou com mega-descontos que, ao teatro, também já fui umas vezes a custo zero e que tive uma assinatura de "amigo da Companhia Nacional de Bailado" absolutamente gratuita. De resto, não adianta fazer das pessoas parvas. Há muito boa gente a trabalhar na Cultura que precisa de viver mas há muitas outras a trabalhar fora e que, pura e simplesmente, não estão para pagar um produto que, em Portugal, é caríssimo e nem sempre bom. Na Europa, vai-se à ópera por €5 e sem os provincianos jogos sociais portugueses e vêem-se coisas óptimas. E também não adianta andar a dizer que, de repente, existiu uma sensibilização para a Cultura quando nada disso equivale à existência de mais e melhores meios de produção. Pelo contrário, Portugal só teve Ministério da Cultura em 1996 que, dada irrelevância para que está virado agora, deve estar quase a acabar e, entretanto, vai tendo cada vez menos dinheiro. Não perceber que a Cultura é um factor de dinamização económica através da criação de emprego num País é não perceber nada. Como é que uma ministra que nem sequer consegue resolver concursos básicos de subsidiação consegue resolver o que quer que seja? Ao menos tenha a coragem para acabar com eles de vez. Quanto mais borlas forem dadas, e não adianta querer que elas não sejam aceites porque há pouca gente que, não tendo o bilhete pago, continua a ir ver ou visitar qualquer coisa, mais salas esgotadas existem sem que isso corresponda a dinheiro e menos possibilidade há de receber pessoas dispostas a pagar. Além disso, querer-se que um pai de família dê dinheiro para ir a um museu ou ao teatro (ver alguma coisa de jeito e não a "Conversa da Treta" ou o La Féria) em vez de ir à bola, é um processo que só é possível de acreditar com muita propaganda. Não está nos genes de um latino.

RETRATO DE UM FASCISTA

João Gonçalves 7 Fev 10


«Nem o Jornal de Sexta, nem o PÚBLICO tinham o poder de pôr em risco o Governo ou sequer de afectar significativamente o prestígio e o estatuto de Sócrates. Se alguém tinha esse poder era o próprio José Sócrates, para não falar no grupo obscuro e anónimo, que, segundo se depreende dos documentos que o Sol revelou, o serviu zelosamente no terreno. Não vale a pena insistir na ilegalidade e, sobretudo, na profunda imoralidade da operação, se por acaso existiu como a descreveram. Em qualquer sítio para lá de Badajoz, nenhum político sobreviveria um instante a essa grosseira tentativa de suprimir com dinheiro público o livre exame e a livre crítica, que a Constituição e os costumes claramente garantem. Mas não deixa de surpreender (e merecer comentário) que um primeiro-ministro de um partido que se gaba das suas tradições democráticas, declare por sua iniciativa, e sem razão suficiente, guerra aberta à generalidade dos media, que não o aprovam, defendem e bajulam. Não há precedentes na história deste regime de um ódio tão obsessivo à discordância, por pequena que seja, ou a qualquer oposição activa, de princípio ou de facto. O autoritarismo natural de Sócrates não basta para explicar essa aberração na essência inteiramente inexplicável. Tanto mais que ela o prejudica e dá dele a imagem de um homem inseguro e fraco. Pior ainda: de um homem desequilibrado e perigoso. A única hipótese plausível é a de que o primeiro-ministro vive doentiamente no mundo imaginário da propaganda. Ou melhor, de que, para ele, a propaganda substituiu a vida: Sócrates já não partilha ou nunca partilhou connosco, cidadãos comuns, a mesma percepção de Portugal. Do "Simplex" que nada simplifica ao estranho melodrama sobre as finanças da Madeira que nada pesam, aumenta dia a dia a distância entre o que país vê e compreende e o que o primeiro-ministro afirma enfaticamente que é. Está perto o ponto em que só haverá uma solução: ou desaparece ele ou desaparecemos nós.»

Vasco Pulido Valente, Público

«NÃO TENHAS MEDO»

João Gonçalves 7 Fev 10


«O homem vê a aparência mas o Senhor vê o coração», disse há pouco o Papa. «Certo dia, Jesus estava à beira do lago de Genesaré e a multidão comprimia-se a seu redor para ouvir a Palavra de Deus. Ele viu dois barcos à beira do lago; os pescadores tinham descido e lavavam as redes. Subiu num dos barcos, o de Simão, e pediu que se afastasse um pouco da terra. Sentado, desde o barco, ensinava as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Avança mais para o fundo, e ali lançai vossas redes para a pesca». Simão respondeu:«Mestre, trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, pela tua palavra, lançarei as redes». Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Fizeram sinal aos companheiros do outro barco para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram os dois barcos a ponto de quase afundarem. Vendo isso, Simão Pedro caiu de joelhos diante de Jesus, dizendo: «Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!». Ele e todos os que estavam com ele ficaram espantados com a quantidade de peixes que tinham pescado. O mesmo ocorreu a Tiago e João, filhos de Zebedeu e sócios de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!» (Lc 5,1-11)

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