Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

O LAMENTÁVEL BLAIR

João Gonçalves 29 Jan 10


Blair - aquela sinistra figura de sorriso idiota que inspirou a "esquerda moderna" - foi a uma comissão de inquérito dar pseudo explicações sobre a guerra do Iraque. Ele, disse, acreditava piamente que havia armas de destruição maciça no Iraque, a falácia e o pretexto para a invasão. As imagens patéticas de Blair a dizer isto mostram não um herói ocidental mas um cínico desavergonhado. Por muito menos, outros são ouvidos nessa duvidosa instituição de direito internacional que é aquele Tribunal de Haia. Só porque passa por ser democrata é que Blair não senta o rabinho por lá?

A ENTIDADE EM FORMA DE ASSIM

João Gonçalves 29 Jan 10

«A ERC começa 2010 como acabou 2009. Abriu 2009 dizendo que não analisaria o caso Sol-Freeport. Não interessava ao Governo. Acabou 2009 obrigada pelos acontecimentos a analisá-lo - ou fingindo analisá-lo: o presidente da ERC declarou no Parlamento, sobre este caso, que não consegue "melhorar o tempo de decisão da ERC", uma maçada. Em 2009, o mesmo Dupond defendeu, qual Sócrates, que se deve "reagir violentamente" nos media contra os media. Foi mais uma de várias intervenções egocêntricas e desajustadas. Em 2009, a ERC anunciou, após os ataques de Sócrates à TVI, que iria "averiguar" o JN6ª. Para abrir caminho ao Governo, a ERC fez então o inimaginável numa instituição de regulação em democracia: condenou o estilo jornalístico, sem encontrar motivos profissionais ou éticos para criticar o noticiário. Sócrates conseguiu acabar com o JN6ª, e a ERC esperou pelo fim do processo eleitoral para chorar lágrimas de crocodilo. Em 2009, a ERC anunciou querer regular os rodapés das TVs. O mundo aguarda o cumprimento dessa missão imprescindível à humanidade. Em 2009, a ERC inventou uma trapalhada para chumbar as propostas para um quinto canal, por Sócrates já não estar interessado nele. Antes das eleições de 2009, a ERC propôs-se censurar os espaços de opinião dos media portugueses. No final de 2009, preparou uma futura decisão frouxa sobre a pressão política na TVI ao anunciar "não ter meios" para lidar com o caso. Desconhece-se que "meios" lhe faltam, mas provavelmente é a independência de decisão. Tudo o que a ERC fez, fez mal? Não. Encomendou bons estudos a instituições universitárias. É uma pena a regulação não ser também feita por entidades exteriores à ERC.»

Eduardo Cintra Torres, Público

AO CUIDADO

João Gonçalves 29 Jan 10

De Pedro Santana Lopes, esta mistificação tipicamente "à portuguesa".

SER E ESTAR

João Gonçalves 29 Jan 10


Medeiros Ferreira tem razão. O PSD aproxima-se da sua Walpurgisnacht sem nada de substancial para imolar a não ser a si mesmo. O país não entende as boas investidas parlamentares de Ferreira Leite seguidas da complacência abstencionista a bem da mercearia e do sossego, independentemente da circunstancial bondade compassiva. Rangel já tinha dado amplos sinais de que prefere a confortável burocracia política de Bruxelas (uma preferência que, cá dentro, ninguém lhe agradecerá) à ruptura reformadora doméstica. Provavelmente não terá uma segunda oportunidade tão cedo. Aguiar-Branco conta pouco embora não tenha amigos à altura que lho expliquem. Neste contexto, cada nome retórico que emerge contra Passos é cada vez mais apenas isso mesmo, um nome como outro qualquer apenas lançado porque há Passos Coelho. Marcelo é o espelho televisivo desta original "doutrina". Por este caminho, Passos passará de mero ser a estar quase por direito natural. E a culpa jamais será dele.

Tags

A ÚLTIMA FEROCIDADE

João Gonçalves 29 Jan 10

«O Orçamento é de ponta a ponta o Orçamento de Sócrates. Não diminui a despesa corrente primária (42 por cento do PIB como em 2009). Nem sequer se fala da reforma do Estado, como se ele de tão perfeito já não precisasse de emenda. As PPP da megalomania instituída sobreviveram em nome da perene "modernização" de Portugal. E o Orçamento (um Orçamento de rotina e mercearia) ele próprio se declara "de confiança", quando, excepto a de Sócrates no incomparável talento do primeiro-ministro, a confiança é a mais rara mercadoria do país. Falta acrescentar que se congelaram os salários da função pública. Um gesto quase fútil e, provavelmente, a última ferocidade do "animal feroz". »

Vasco Pulido Valente, Público

Adenda: Em tempos de rugidos timoratos, o sr. Assis, aquela pérola que dirige o bando parlamentar do PS, foi dizer aos camaradas de Sintra que "Cavaco é derrotável". Presumo que o sr. Assis se esteja a referir delicadamente ao Chefe de Estado. Sucede que, mais do que derrotável, o sr. Assis foi humilhantemente derrotado numas eleições à câmara do Porto. Talvez lhe conviesse mais o silêncio do que a histeria, uma especialidade que distingue a sua vã eloquência.

Tags

Pesquisar

Pesquisar no Blog

Últimos comentários

  • João Gonçalves

    Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...

  • s o s

    obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...

  • Anónimo

    Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...

  • Felgueiras

    Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...

  • Octávio dos Santos

    Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...

Os livros

Sobre o autor

foto do autor