O Público apresenta hoje um artigo cientifico que diz que "estão a criar-se rapazes frustrados". O fenómeno refere-se ao ensino e ao emprego. Interessa, pois, puxar pela cabeça: o sexo feminino assume hoje uma predominância no meio académico e, por consequência, uma cada vez maior efectividade de funções nos cargos de topo privados e públicos. Até aqui tudo bem se, como acontece, isto não fosse o efeito adjacente a uma suposta "cultura de igualdade". Como sugerem cientistas devidamente creditados, o fenómeno aparece no seguimento de uma total inversão da "prova do crime". Simplesmente, e com exagero, virou-se o bico ao prego e, naturalmente, a igualdade continuará sem existir mas desta vez ao contrário. Como se fosse uma moda. Chegará uma altura, como também é costume na História, em que vai voltar-se atrás. Estupidamente, existirá por certo um revivalismo do machismo e do modo masculino de gerir institucional e familiarmente porque irão surgir ideias ridículas de que as mulheres estragaram tudo pelo facto de serem mulheres e não porque o que levou a que as mulheres aparecessem de outra forma não tenha sido mais do que a alimentação de um preconceito contra elas próprias, indirectamente, e directamente contra os homens no padrão da actualidade. Com efeito, não adianta andar muito preocupado porque, com mulheres ou com homens, o que conta são cabeças e essas continuarão a ser tão medíocres ou tão espectaculares como antes foram. Se os homens estão preocupados com as suas cada vez mais diminuídas oportunidades, é da maneira que passarão a existir grandes homens na proporção que sempre existiram grandes senhoras.
Fora isto, convém acrescentar que a mulher é muito mais perspicaz do que o homem, principalmente se se comparar a mulher média com o homem médio. Basta andar na rua e perceber que meninas de 13 anos conseguem perfeitamente mascarar a sua idade física e mental em comparação com rapazes que só têm interesse, quando o alcançam, para lá dos vinte anos. Também é curioso notar que, enquanto os rapazes andam entretidos no surf, na playstation, nas gajas, nas bebedeiras, ficando-se por aí, elas, ao mesmo tempo que dão para todos esses peditórios same age, percebem rapidamente o ascendente que a sensualidade tem em tudo o que mexe para lá da sua geração e, além disso, também percebem mais instintivamente que, afinal, a vida pública é muito mais feminina do que masculina no sentido em que a vida pública vive de intriga.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...