«Para se enfrentar os problemas de forma séria e consistente tem de se estar adequadamente preparado, saber de forma clara qual o caminho a seguir, ter o perfil para assumir a responsabilidade de um projecto político muito exigente e, acima de tudo, tem de se saber reformar gostando de o fazer», escreve o jovem Passos Coelho num livro que anuncia para breve juntamente com o anúncio da sua extraordinária pessoa. Se pedissem a um menino do ensino básico que em adulto quer ser político para, em três linhas, resumir o seu "ideal", o menino seguramente não faria melhor redacção. Passos Coelho também tem direito ao seu "momento fúria divina". Força.

Paulo Rangel afirma que o PSD deve estar à altura das suas responsabilidades. Convinha ao PSD que o dr. Rangel estivesse à altura das suas - aqui - em vez de andar enfiado em respeitáveis mas obscuras comissões do PE por mais "responsável" que esse trabalho seja. Afinal, é do país que se "cresce" lá para fora e não o contrário.

A "fundação para a prevenção e segurança", dos tempos do Guterres "dos últimos dias", foi descoberta porque camaradas de Vara, como Fernando Gomes, trataram de a "denunciar" por razões domésticas triviais tais como não se gramarem uns aos outros. Alberto Costa esteve quatro anos e meio na justiça e foi preciso ser substituído por Alberto Martins para aparecer esta notícia (e a escolha do jornal para ela aparecer também não é inocente) acerca de matéria e pessoas respectivamente do conhecimento e escolhidas pelo primeiro. É perfeitamente normal esta autofagia partidária. Vem nos manuais e nenhuma seita daquela natureza escapa (o PSD, por exemplo, é uma verdadeira catedral autofágica). O que maça e não é normal é que seja sempre à conta dos mesmos contribuintes.

Aconteceu ouvir um agradável programa na rádio sobre a famosa espécie asinina de Miranda. Com as pessoas - poucas - que têm um burro ou uma burra da espécie e os voluntários que a preservam. Cada vez mais aprecio estas pequenas coisas sem cheiro ao último perfume da moda ou à derradeira poia do mais perspicaz comentador do regime. Dito isto, "adoptem" um burro (ou uma burra) e contribuam para a AEPGA. Fiquei com a ideia que eles merecem.