O sobrinho de Mário Soares, o sr. Barroso, "especializou-se" em atacar Cavaco. É o único tema que o leva aos frente-a-frente de Mário Crespo. Consegue sempre passar de qualquer assunto para Cavaco. Barroso afunilou intelectualmente ou, então, presumimos erradamente uma cabeça lá onde só se enxerga, afinal, uma esfregona. Uma pena.

adenda: formas de vida livremente inteligentes dentro do PS, ou seja, não voluntariamente afuniladas como o sr. Barroso.

O país - V., contribuinte - vai gastar dez milhões de euros na comemoração dos cem anos da implantação da ditadura jacobina do PRP. Antes das habituais "incursões monárquicas", repito a minha condição cívica de republicano que defende um regime presidencialista. Nada disto, como parece razoavelmente óbvio, tem a ver com a condenação (também cívica) do que resultou do funesto 5 de Outubro de 1910. Comemoração por comemoração de ditaduras, não vejo por que é que não se há-de comemorar o 28 de Maio de 1926 que substituiu a do dr. Afonso Costa por duas, uma primeira militar, e uma segunda, o "Estado Novo" do Doutor Salazar. A D. Canavilhas, circunstancial ministra da cultura e pianista nas horas vagas, estava muito contente - ela e a plateia dos que vão "gerir" os referidos dez milhões em "folclore transmontano" - consigo própria e com os "eventos culturais" que a "comemoração" vai propiciar. É porventura com ela, a "comemoração", que a senhora conta para figurar num panegírico rodapé do regime. Bom proveito.

Adenda em forma de comentário recebido por mail: «A argumentação da jurista é absolutamente patética. Ela será mesmo jurista? Se é, que desgraça de jurisprudência a nossa! Não há naquelas palavras um único verdadeiro argumento. Nada mais são que banalidades a puxar à lágrima fácil, à lágrima gay, à lagrimazinha lésbica. Uma tristeza completa. Do ponto de vista argumentativo, aquilo é perfeitamente oco, desmiolado. É nada. Uma velhota trémula da aldeia não faria melhor.»

Há dois dias o ainda admirável líder não teve "agenda" para reunir com os agricultores do oeste. Hoje tem para "treinar" o seu bando parlamentar quanto à forma deste se comportar durante as votações da próxima sexta-feira, determinantes para o futuro da nação, sobre casamentos. Matéria sobre a qual o chefe só adere à "teoria da meia-dose": casamentos, sim, por causa do panfleto, adopção não, porque não. O dr. Assis, apesar da abundante retórica, não manda nada. O respeitinho que, para disfarçar, consente pseudo-dissidentes modernaços como o sr. Sousa Pinto (uma típica voz do dono como se viu no destaque que mereceu na discursata natalícia do chefe), manda mais do que qualquer socialista no activo dentro daquela coisa que passa actualmente por PS. Nenhum deles (socialistas, bem entendido) terá saudades do PS?