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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

ENTRETANTO

João Gonçalves 4 Jan 10

Quatrocentos e vinte trabalhadores da "Aerosoles" passaram hoje, primeiro dia útil do ano, à situação de lay off. Quatrocentos e vinte. Tomem nota na "agenda identitária", sff.

SEM MEDOS

João Gonçalves 4 Jan 10



Acabo de ver, no canal noticioso do cabo da estação do regime, um «debate» entre João Semedo, um interessante deputado bloquista, e um engenheiro socialista cujo nome não memorizei. O tema era o casamento entre homossexuais e é interessante que para a estação pública apenas sejam discutíveis as teses destes dois senhores, que é como quem diz as teses dos partidos destes dois senhores. Isto apesar de eu concordar mais com eles que com os da outra banda nesta matéria, como bem se sabe. O ponto interessante foi o do referendo. Pessoalmente, se alguém me viesse pedir uma assinatura, eu recusaria, principalmente porque acho que o Parlamento tem legitimidade para decidir sobre esta matéria. No entanto, a partir do momento em que mais de noventa mil pessoas quiseram pedir o referendo e obrigando a lei a setenta e cinco mil apenas, penso que é inaceitável que o Parlamento recuse a consulta popular. O próprio argumento utilizado é absurdo: os senhores deputados, por um lado, dizem que a população não pode votar directamente sobre esta matéria e, por outro, dizem que têm legitimidade porque a população votou em programas que continham esta questão. Tese e antítese sem sequer um ponto final pelo meio. Além disso, uma votação no Parlamento o que é senão uma votação feita pelos representantes do povo, isto é, da maioria do povo? As maiorias não são legítimas às vezes e não é possível que os defensores da causa se coloquem numa posição arrogante, afirmando a sua convicção como verdade. Só perdem. Nesta matéria não pode haver ataque, mas sim persuasão – como é habitual nas mais importantes questões das democracias. Ao haver ataque puro e simples, ataque medroso e, principalmente, irracional, as partes hostilizam-se e torna-se cada vez mais complexo tratar o que, afinal, é simples. Se a população pediu um referendo, que haja referendo. Sem medos.

LIBERDADE DE VOTO E RESPEITINHO

João Gonçalves 4 Jan 10

O PSD dará liberdade de voto aos seus deputados na premente questão nacional dos casamentos. E apresenta uma proposta - que será seguramente chumbada pelas esquerdas que, nesta matéria, estão devidamente "estalinizadas" - para a união civil registada que preveja tudo o que decorre do instituto legal do casamento menos a adopção e a filiação. Pessoalmente incluiria a adopção. Todavia, registe-se como a "direita" representada no parlamento pelo PSD é menos ortodoxa do que a vasta bancada que se ergue do PS para a esquerda. Se há matéria em que a liberdade de voto se deve aplicar é nesta. Mas o respeitinho ainda é o que era.

ISTO É BONITO

João Gonçalves 4 Jan 10




O efeito, quando se abre o Google.

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A "AGENDA"

João Gonçalves 4 Jan 10


Sócrates recorreu à estafada "agenda" para se eximir a estar presente numa reunião com os agricultores do oeste fustigados pela intempérie. Mandou o "ajudante" da agricultura. A mesma "agenda" fez esperar à chuva, outro dia, militares e familiares de novos agentes da GNR em Portalegre. A mesma "agenda", no mesmo dia, fez esperar os seus deputados em Beja. E não lhe "permitiu" assistir à posse de membros do conselho de estado e faltar a uma reunião semanal com o PR. Como costumo dizer, Sócrates faria bem em rever a sua "agenda" antes que a "agenda" trivial - a vida das pessoas "normais" que ele ignora - o comece a rever a ele.

AMORES E ÓDIOS

João Gonçalves 4 Jan 10



O Henrique Raposo escreve no seu «blogue» A Tempo e a Desmodo – um blogue a sério – que o «mote» para 2010 deve ser «amar o país, odiar o regime». A segunda parte do dito mote compreende-se. Só não odeia este regime quem ainda não lhe prestou muita atenção. A segunda obrigou-me a coçar as duas orelhas. Porquê amar o país? Ando há tempos para ler isto e umas coisas semelhantes sobre isso do «patriotismo», um sentimento que sempre me pareceu estranho e cuja «obrigatoriedade» ainda me parece mais estranha. Sem querer ser negativista, novo pecado na lógica reinante, reduziria o mote a metade. Amar o país ainda não é uma obrigação. Fazer alguma coisa por ele é, antes de tudo, uma necessidade básica. Mais do que isso, é com cada um.

CRATILISMO PASSOS-COELHISTA

João Gonçalves 4 Jan 10

Vem aí uma coisa para a blogosfera denominada "albergue espanhol". Crátilo não escolheria melhor título. Basta atentar nos nomes dos autores que, com uma ou outra excepção de carácter meramente ornamental, "prolongam", em blogue, um conhecido jornal diário. Ou, mais adequadamente, aquilo em que parte desse jornal se tornou. De que é que estão, pois, à espera para "contratar" o eng. Ângelo, essa pérola do pensamento ocidental "médio-orientalizado" e empresarial que tanto impressiona, entre outros, Mário Crespo e o alcatrão da Rua do Ouro por causa de pregos perdidos nos idos de 80 quando ele foi episodicamente MAI?

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«MUDE DE VIDA»

João Gonçalves 4 Jan 10

Boa forma de começar o ano.

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AS BOAZINHAS

João Gonçalves 4 Jan 10


«No meio deste marasmo, desta miséria material e intelectual, restam os optimistas, os que conseguem ver uma luzinha ao fundo de um qualquer túnel, que acreditam nas virtualidades do sítio e num futuro radioso que estará algures à espera dos indígenas. São vozes de esperança, de exaltação das virtualidades políticas e pessoais do senhor presidente relativo do Conselho e que do alto da sua sabedoria lembram aos indígenas que este regime, apesar de tudo, lhes deu sapatos. Há um tempo para tudo seus ingratos. Benzam-se e dêem graças às luminárias que os governam por ainda não andarem descalços.»

António Ribeiro Ferreira, CM

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