
A longa entrevista de Sócrates ao DN - na verdade, três em uma, com texto, rádio e imagem - "marca" o início das hostilidades para 2009. Complacente com Cavaco e duro com os outros, Sócrates aparece como quase "incontornável". A pose - uma cadeira estrategicamente colocada numa sala de São Bento com "mantelpiece" atrás, camisa e gravata e os jornalistas de costas para a solitária e grave figura- recorda a Sala Oval ainda desprovida do "herói" Obama. De qualquer forma, exibe poder. Foi o que Sócrates, num momento de incerteza planetária, quis revelar. Poder. De resto, nada de extraordinário foi anunciado que nós não soubéssemos já. A também nada de excepcional se comprometeu. À medida que as coisas se complicarem, Sócrates vai recorrer mais a esta "pose" ("eu já cá estou e já conheço os cantos à casa") do que propriamente às "ideias" que nunca teve. O "disco" das "corporações" que o seu alegado "reformismo" anda a combater, está demasiado riscado. De Gaulle "estava só com a França" ("seul avec la France"). Sócrates faz questão em estar só contra Portugal, preferencialmente em maioria absoluta. Ou então com "empreendedores" como o presidente da Mota-Engil, o sr. Mota, que em artigo no mesmo DN, chama à entrevista "motivadora". Sócrates é quem define o bem colectivo a partir daquela cadeira simbólica de São Bento como os "empreendedores" como o sr. Mota gostam. Eu não gosto nem me intimido, mas aquilo é poder.
Meu Caro,Bons olhos o leiam.O ensaio de Henrique R...
Encontrei um oásis neste dia, que ficará marcado p...
Gosto muito da sua posição. Também gosto de ami...
Não. O Prof. Marcelo tem percorrido este tempo co...
Caríssimo João, no meio da abundante desregulação ...