
Há esta cena admirável em Love Streams, de John Cassavetes, um filme de 1984. Gena Rowlands - na vida a mulher de Cassavetes, no filme, a irmã, na verdade, uma grande actriz - entra num departamento qualquer (uma seguradora? o IRS?) com uma criança (a filha? o sobrinho?) para resolver qualquer coisa. Não chega ao que pretende. Deita-se no chão do escritório, em protesto pela vida que está a passar por cima dela, como se nada mais a perturbasse, indiferente ao movimento burocrático à volta, com a criança (a filha? o sobrinho?) a "puxar" por ela. Existe um "ponto" na nossa vida - aquele imperceptível quando a impotência pode mais do que a vontade - em que é isto mesmo que apetece fazer. Ficar apenas no chão e deixar que tudo nos passe literalmente por cima como, na realidade, acaba sempre por passar.
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