
O dirigente da CGTP, Carvalho da Silva, acusou o governo de "ceder". Não de ceder à imensa "vanguarda" representada pela sua central sindical, mas antes ceder aos "pequenos grupos", a "interesses" difusos como se viu, acha Carvalho, no affair dos camionistas. Sempre pensei que a CGTP - ao contrário da UGT que é, no essencial, uma secção do PS e do PSD - vivia para obrigar os governos a "ceder". Ora Carvalho da Silva aparentemente não admite "cedências" porque um governo dito socialista não pode "ceder" à sua fronteira direita ou a corporações de origem duvidosa, isto é, não acarinhadas pela CGTP e pelo PC. Criou-se em torno dos camionistas o mito do "lock-out" como se as pequenas e médias empresas de camionagem - algumas delas constituídas apenas por um camião - "ameaçassem" o regime. Carvalho da Silva, ilustre membro do regime, também não gostou de se sentir "ameaçado". Como ensina o Aron, a esquerda continua a ser atravessada por esta "luta duvidosa" em que a linguagem esconde o pensamento e em que os "valores" podem ser traídos se outros mais altos se levantarem. Onde se ergue a CGTP, mais nada nem ninguém pode erguer-se. Cedência só há uma, à da central do dr. Carvalho e mais nenhuma.
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