
Depois do "25", para não "ferir susceptibilidades", o "10 de Junho" passou a chamar-se prosaicamente "Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas". A componente "Camões" ainda teve alguma ressonância nas comemorações presididas por Eanes. Jorge de Sena, Vergílio Ferreira, Agustina, Magalhães Godinho ou Eduardo Lourenço produziram prédicas à altura. Depois, o "10 de Junho" passou a pretexto para enviar as cortes do regime lá fora, junto dos emigrantes, e para Soares e Sampaio só não terem condecorado as porteiras dos respectivos prédios. Camões aparecia furtivamente numa tirada inspirada pelo escriba de serviço e pouco mais. O Estado Novo celebrava o Dia de Portugal e a Raça. Os dois eram indissociáveis. Havia Portugal, aqui e no Ultramar, e havia raça. Cavaco Silva cometeu o perjúrio, aos olhos do PC e do Bloco, dois partidos manifestamente preocupados com a Nação - e as duas forças políticas que mais têm ganho com os disparates de Sócrates -, de ter falado no "dia da raça". Já pediram "explicações". O jornal Público, patrioticamente, indignou-se. De facto, deve ter sido um whishful thinking presidencial. Cavaco gostaria de poder presidir a um país com uma raça e, para sua infelicidade, não tem quase um e não tem, de certeza, a outra. Explicações para quê?
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