
Infelizmente já não há homens para um novo "28 de Maio". Não há tropa e, sobretudo, não há elites. Os media, que substituiram as elites, dão geralmente ao povo aquilo que o povo quer que lhe dêem. Circo e pão, embora este último ande em crise. O povo seguiu os militares a partir de Braga porque havia um "divórcio" entre a ditadura - citadina e litoral - da República e o resto do país. Este regime tem tido o cuidado de "anestesiar" o povo com a propaganda e com a ilusão da democracia. Naturalmente que isto só resulta se houver dinheiro que permita que o povo circule nas auto-estradas e nos centros comerciais. Os "fundos" europeus facultaram, naturalmente, a ilusão que termina já em 2013 se não for mais cedo por causa dos "imprevistos". Há oitenta e dois anos começou a Ditadura, um interlúdio entre a I República, jacobina e terrorista, e o Estado Novo do Doutor Salazar e da Constituição de 1933. Não está muito estudada porque ficou entalada entre um fracasso e uma promessa. É, aliás, o estado natural em que tantos pretendem que persistamos. Sempre entre o fracasso e a promessa.
Nota: O livrinho da foto - O 28 de Maio oitenta anos depois : contributos para uma reflexão - foi publicado em Maio de 2007 pelo Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra, Instituto de História e Teoria da Ideias da Faculdade de Letras e editado por Luís Reis Torgal e Luís Bigotte Chorão.
Meu Caro,Bons olhos o leiam.O ensaio de Henrique R...
Encontrei um oásis neste dia, que ficará marcado p...
Gosto muito da sua posição. Também gosto de ami...
Não. O Prof. Marcelo tem percorrido este tempo co...
Caríssimo João, no meio da abundante desregulação ...