Apesar de alguns dos "colaboradores" serem suspeitos, talvez esta colecção sobre os "anos de Salazar" valha, num ou noutro volume, a pena. Certo é que, trinta e quatro anos depois de "Abril", ainda é o "consulado" dele que "vende". O Diário Português de Mircea Eliade (1941-1945), editado pela Guerra&Paz, ajuda a perceber porquê. A maior parte dos "protagonistas" deste regime, nem uma nota de rodapé, numa "história" manhosa, terá.

Alberto Costa, que até hoje nos tinha poupado às suas doutas opiniões, veio a terreiro manifestar a sua "confiança" na PJ e prometer mais legislação sobre a "organização da investigação criminal". À violência urbana e suburbana, difusa e atomista, o governo "atira" com mais papel e com a língua de pau da "confiança". Alguém confia nisto?

Para "responder" aos professores e a outros que andam pelas ruas e, sobretudo, pelas ruas da amargura, o PS vai organizar um comício nacional onde comemorará três anos disto. No fundo, não deixa de haver método nesta loucura. O PS e o governo perderam o "controlo" das coisas apesar de terem criado um "mundo" especialmente "controlado" pela fantasia e pela propaganda. Sócrates vive na estratosfera e não aprecia que o obriguem a descer à realidade. Todavia, ao ceder à rua, ocupando ele e a sua nomenclatura amestrada outra rua, demonstra que terminou o famoso registo da "firmeza" que tanto impressionou muito oportunista de "direita". O recurso às bandeirinhas coloca-o ao mesmo nível de um Louçã, de um Portas, de um Jerónimo ou de um Menezes. Isto é, em perda de sentido das proporções, se é que alguma vez teve algum.