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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

AS ALTERNATIVAS

João Gonçalves 16 Jul 07


O dr. Mendes já tem duas "alternativas". Uma, eterna, é o dr. Menezes, autarca de Gaia, uma espécie de "Kompensan" ambulante que se acha sublime e que não compreende por que é que o partido, primeiro, e o país, depois, não o desejam. A segunda, também nortenha, é o dr. Aguiar Branco, mundialmente famoso depois de ter exercido as funções efémeras de ministro da justiça. Estas excelências, repare-se, aspiram a dirigir a direita. Sim, porque enquanto o regime for o que é, quem dirige a direita é o PSD e jamais o CDS-PP. Ora com gente desta, o dr. Mendes persiste, com a maior naturalidade, até 2009. Viu-se agora em Lisboa o que dá brincar com amadores da estirpe do novo militante Negrão. A macrocefalia política de Lisboa praticamente impede que qualquer "homem do norte" mande. Sá Carneiro era do Porto mas há muito que tinha "adoptado" Lisboa. Só existe um homem no norte que podia apoderar-se das hostes "laranja" com a possibilidade de um módico de êxito. Não é do regime, não segue o sistema, é teimoso e tem uma forma algo iconoclasta de tratar a coisa pública. Não é adulado pela opinião que se publica e não teme reverencialmente ninguém. Chama-se Rui Rio e sabe alemão. Tivesse ele pachorra e "treino" e talvez, esse sim, pudesse avançar sem que fosse preciso tirar quinze dias de riso nacional. De resto, e ao contrário do que se pode pensar, Mendes é um osso duro de roer. O meu palpite é que é mesmo ele quem vai levar o andor até 2009.

A UNIÃO DOS CORAÇÕES

João Gonçalves 16 Jul 07


Encontro, no programa de Bárbara Guimarães "Palavras Soltas", e alertado por uma amiga comum, o José Manuel dos Santos. Fala de Antero* e de Cesariny. Exibe dois manuscritos, um de Antero - uma carta - e outro de Cesariny, para ele, outra carta que termina com um "abraço-te, triste, o alegre, fulano". Ouço-o referir que Eduardo Lourenço é a antítese do enunciador de lugares-comuns culturais. Fica a sugestão de dois livros de Lourenço, os mais recentes, com Antero e Eça. Tenho uma saudade profunda destas conversas com José Manuel dos Santos que estimo e admiro. Da sua argúcia e inteligência luminosas. da sua generosidade. Não sei se ele aprecia São Tomás de Aquino. Eu tenho dias. Todavia gostava que ele - e outros que se afastaram ou, se calhar, fui eu quem se afastou - meditassem nesta sua frase que está à porta da casa do Restelo do prof. José H. Saraiva: "a concórdia é a união dos corações, não a das opiniões". Tal como Mitterrand, acredito nas forças do espírito e, mesmo sozinho, eu não os abandono. Abraço-te, triste, J.

Foto: Minha, péssima, do local no Campo de São Francisco, em Ponta Delgada, onde Antero acabou com a sua amargura.

DA MEDIOCRIDADE

João Gonçalves 16 Jul 07


Viu-se ontem, com o "povo" do Altis. Por que é que o senhor presidente em exercício não o exibe nos fora europeus em que vai passar a vida estes seis meses? Ou só os Júdice e os Salgados da vida videirinha é que são exibíveis? Ou os vereadores eleitos em Lisboa que já se dizem "disponíveis" para o dr. Costa quais "meninas de programa"? A elite merece o povo que a saúda e vice-versa.

LER OS OUTROS

João Gonçalves 16 Jul 07

Fora a parte final - estou-me nas tintas para a "esquerda" ou para o que passa por isso na actual plutocracia regimental -, dei por mim a concordar com o ABB. E, claro, com o Dragão, um rapaz mais da minha "criação".

UMA DEMOCRACIA COM CARA DE FODA-SE

João Gonçalves 16 Jul 07


Nos intervalos das suas correrias tontas como presidente em exercício, conviria ao secretário-geral do PS - tão emocionado com a "riqueza" da participação eleitoral que só deve ter existido na sua autoritária mona - nos magros cinquenta e oito mil votos que a sua seita arrebatou através do dr. Costa. Costa que, por sua vez, demonstrou pela enésima vez que não possui uma ideia para a cidade (ele vive de conspirar, não vive de pensar) a não ser a tal da "limpeza geral" e mais dois ou três lugares-comuns. E não foi em Cabeceiras de Basto, a terra que estranhamente ocupou o Altis, que ele ganhou. Foi em Lisboa. Dos restantes partidos, nem vale a pena falar. Ontem registou-se uma derrota geral da plutocracia partidária - cega, surda e muda aos valores da abstenção - e a apoteose do "estou-me nas tintas" generalizado. Aos poucos, os portugueses, mais preocupados com as suas coisinhas, com as suas vidas medíocres e com os seus filhos ranhosos e analfabetos, votam a pseudo-cidadania política ao maior desprezo. Os sempre-em-pé já não entusiasmam ninguém. A democracia está cada vez mais com cara de foda-se.

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