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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

OS MONóLOGOS DA VAGINA

João Gonçalves 12 Abr 07

Li que o governo tenciona fazer orelhas moucas e de ceguinho quanto à mensagem do PR ao Parlamento sobre o aborto. Com o devido respeito, é muito bem feito. Cavaco quis demarcar-se da lei aprovada... aprovando-a. Com um sorriso de orelha a orelha, o dr. Alberto Martins teve logo o cuidado de sublinhar a "vontade soberana da mulher". De que é que Cavaco estava à espera? Que o levassem a sério?

NO QUE ELE ACREDITA

João Gonçalves 12 Abr 07

"Um chefe de Governo que perde a capacidade de liderança; uma nomenklatura que não sabe viver sem chefe, até porque o chefe gostava de o ser e não autorizava outros protagonismos; elites económicas desdenhando do poder político que as alimentou assim que percebem que este está descredibilizado; um país que não distingue autoritarismo do exercício do poder e por isso fez e faz do princípio do mal menor o seu critério para entronizar os líderes. E como metáfora de tudo isso, vagueando em São Bento, alguém que acredita ser primeiro-ministro. E na rua um povo que, mais do que acreditar em quem o governa, precisa de acreditar que tem Governo."
Helena Matos (o nome do post é meu e o artigo vem no PÚBLICO)

A NATUREZA DELE

João Gonçalves 12 Abr 07

"O sr. primeiro-ministro negou ontem na televisão, indignadamente, que fosse "um especialista em relações públicas". Temos de o acreditar. Mas não há dúvida que ontem na televisão o sr. primeiro-ministro até pareceu "um especialista em relações públicas". Para começar, arrumou com brandura o caso da sua carreira académica, que afinal não é um caso. A Universidade Independente mandou e ele cumpriu. Quanto à burocracia, não sabe, nem se interessa. Quanto ao dr. António José Morais, que lhe "deu" quatro cadeiras, não o conhecia antes. Quanto ao resto, toda a sua vida de estudante só revela "nobreza de carácter", vontade de "melhorar" e de se "enriquecer" (intelectualmente). Um exemplo que ele, aliás, recomenda aos portugueses. Ponto final.A minha ignorância não me permite contestar explicações tão, por assim dizer, "transparentes". Claro que nunca ouvi falar de um professor que "desse" quatro cadeiras no mesmo ano ao mesmo aluno, nem num reitor que ensinasse "inglês técnico", nem num conselho científico que fabricasse um "plano de estudos" para "acabar" uma licenciatura. Falha minha, com certeza. Se calhar, agora estas coisas são normais. O sr. primeiro-ministro também declarou que ele e o seu gabinete não telefonam a jornalistas com a intenção malévola de os "pressionar". Pelo contrário, só os querem esclarecer. Ficamos cientes. Fora isto, Sócrates demonstrou facilmente que o governo é óptimo e que ele é determinado, decidido, inabalável, responsável e bom. Portugal inteiro está, como lhe compete, agradecido."
Vasco Pulido Valente (o nome do post é meu e o artigo vem no PÚBLICO)

DO CONVENCIMENTO

João Gonçalves 12 Abr 07

Se me perguntassem se eu estava "convencido" com a entrevista do primeiro-ministro - revista no site da RTP - diria que sim. Estou convencido que o primeiro-ministro vazou a sua credibilidade nestes dias e que a entrevista, estilo one man show, contribuiu para esse meu convencimento. Para ser claro, o primeiro-ministro convenceu-me definitivamente a desacreditar nele. Por exemplo, é adequado pensar-se que ele desconhece o seu antigo professor e antigo quadro superior dos governos socialistas, o eng. Morais? Um telefonema ao também "independentemente" licenciado Armando Vara resolvia-lhe o problema. Sim, estou deveras convencido que isto vai por mau caminho. Deveras.

MAIS UM DIPLOMA

João Gonçalves 12 Abr 07

Pedi a amigos, porque estive impossibilitado de assistir, a "imagem" televisiva do primeiro-ministro. O "socratico" falou de ballet. Os outros do regresso do "animal feroz" devidamente enquadrado pelo seu antigo colega de estabelecimento universitàrio e por uma prop girl. Claro que o ballet queria dizer, presumo, a mesma coisa sem a componente selvagem. Por isso é perfeitamente natural que o dia seja dedicado a subtis actos de vassalagem e a arrependimentos sinceros. Afinal, o rapaz do risco ao meio e ligeiramente mal enjorcado das fotografias dos anos noventa - qual pastor das serras da Gardunha que conhece mais de vista do que de outra coisa - precisava estabilizar o seu registo "armanizado" e espartano das corridinhas. Em Belém, no habitual e soturno encontro das quintas, Cavaco deve estar orgulhoso do seu aprendiz de feiticeiro. Segue-se o programa habitual. A choldra continua para bingo. "Ele passou o exame?" Talvez. No de hoje, certamente. Sempre sai de Belém com um mais um diploma.

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