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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

LER OS OUTROS

João Gonçalves 28 Dez 06

Três "Corta-Fitas" - é o que dá ser um dos melhores blogues colectivos, arrisco mesmo o melhor -, o Luís Naves, a Isabel Teixeira da Mota e o Pedro Correia, respectivamente, "Colecção de Crónicas III", "Palavras no vácuo" e "Um mal nunca vem só". O primeiro porque me traz de volta a paixão pelo deserto em termos perfeitamente certeiros ("Em Morocco, Marlene Dietrich viaja sem bilhete de volta, só o de ida, porque em busca destas cidades perdidas andam personagens à deriva, peregrinos que não voltarão jamais do seu destino fatal."), a segunda porque evidencia a estupidez burocrática no seu maligno esplendor e no absoluto grau zero do seu sem sentido, e o Pedro porque denuncia uma reles manobra de propaganda do pior gosto.

AS COMISSÕES

João Gonçalves 28 Dez 06

Para quando uma vassourada a sério nas ditas "comissões de protecção de menores" em vez dos habituais "inquéritos"? É preciso mais "inquéritos" para perceber que aquilo não presta? E que a "passagem da culpa a outro que não ao mesmo" é uma vergonha para o famoso "sistema que não consegue proteger os menores do primitivismo e da miséria moral e material dos seus progenitores?

PASTELARIA CISTER - 2

João Gonçalves 28 Dez 06


Voltei à Pastelaria Cister. Dois dedos de conversa com Medeiros Ferreira, alguém que, há mais de vinte e tal anos, faz parte da minha paisagem política. Os essencialistas das esquerdas e das direitas provavelmente não entenderão esta - posso chamar-lhe assim - cumplicidade. E não a entendem porque a política, aos poucos, foi desaparecendo. A última tentativa de a trazer à tona ocorreu há exactamente um ano, com as presidenciais e com Soares. Acontece que esse já não era um momento para a "grande política" e Soares entrou tarde e mal para um combate que, em rigor, já não lhe pertencia. Para já, entrámos numa fase "eucaliptal" da política nacional, protagonizada por dois homens que estão condenados a enfrentar-se lá mais para diante: Sócrates e Cavaco. Se isso não acontecesse, o mainstream da democracia estaria em causa. Não existe uma democracia madura na paz "pseudo-reformista" dos cemitérios. A classe média que apoiou Sócrates, o PS e Cavaco - por esta ordem - sentirá duramente na pele os efeitos do "endireitamento" das coisas, mais conhecido por "esforço nacional", o qual não é sustentado por nenhum pensamento político excessivamente elaborado, mas antes por um tacticismo pragmático e uma crendice de circunstância que não irão longe. Espremam-se bem espremidas todas as "reformas" - o anúncio delas - e veja-se o que sobra. A acção reformadora nunca foi apolítica, branca, assente em "técnicos", apesar de muita propaganda jornalística "fazer crer" o contrário. Por exemplo, um jornal prestigiado elege a reforma da administração pública como o evento do ano. Que mal lhes pergunte, que reforma em concreto? Qual delas? 2006 representou a tomada da nuvem por Juno, bem iluminada, aliás, por muito media deslumbrado ou bem orientado. 2oo7 ensaiará os primeiros passsos do regresso à política. Por mim, tenciono ir mais vezes à Cister.

Nota: Na foto, o último livro de José Medeiros Ferreira, Cinco Regimes na Política Internacional, Editorial Presença, 2006, sobre as relações externas e a diplomacia de Portugal do fim da monarquia à "opção europeia"

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