Não é mesmo nada fácil,
Carla. Estão aí para trás onze
posts que o comprovam. Não tenho jeito para Augusto Gil, o da "balada". Fiquei vacinado quando o decorei, em menino e moço, na primária. E ainda recitei em público um poemazinho medonho, não sei de quem, intitulado "Ser bom", que levou a minha mãe a derramar umas honestas lágrimas pelo talento declamatório do rebento. E era, enquanto o "sistema" o permitiu, um menino de quadro de honra. Ainda figurei no do Pedro V, imediatamente antes da Revolução florida. Depois veio o Mauro de Vasconcelos, o O'Neill, o Garrett, o Eça, o Pessoa, a história da literatura do Saraiva e do Lopes. Os livros de J.B.Priestley, Pinter e outros, emprestados a partir de um quinto andar da Avenida da República, já derrubado. O direito, o acto falhado para a história ou coisa parecida, e uma passagem fugidia pela Nova, no curso do hoje professor doutor Abel Barros Baptista. Apenas duas cadeiras e o José Ribeiro da Fonte. Sempre os livros atrás e menos as sebentas. Um ano repetido e eu mudado. O amor pelo caminho, logo aos vinte e poucos. A força de um muro permanente entre mim e o "outro". Crescer e viver à sombra desse muro inexpugnável.
Para sempre, diria o Vergílio Ferreira. Chego aqui cansado, aos quarenta e seis, com estes versos de Herberto Helder (nem sequer é dos meus preferidos), lidos pela primeira vez no irrepetível verão de 83:
"chega a mão a escrever negro/e, conforme vai escrevendo/mais negra se torna." Percebe agora?
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...