Perguntava o Papa, na benção Urbi et Orbi, se faz algum sentido um "salvador" neste milénio onde tudo parece ter sido já alcançado, onde toda a gente parece "realizada" e "feliz", onde o "progresso" - o tecnológico, o do "choque" do senhor engenheiro - impera. Faz. E faz na exactíssima medida em que o "progresso" infantilizou o homem e diminuiu a percepção do sentido da vida. A foto acima reproduz o que restou da noite em que Deus se fez menino para nós e para ficar entre nós. Foi tirada perto de casa, mas pode ser visto em qualquer rua, qualquer avenida, hoje desertas. Terminada a "festa", as pessoas regressam ao vazio porque nem o leitão, nem o bacalhau, nem a boneca, nem a consola, nem a televisão, nem o carrinho comandado à distância evitam o inevitável. À ilusão segue-se a desilusão depois da alegria fingida do próximo fim-de-semana. Extinto o natal enquanto pura troca comercial e pseudo-afectiva, chega a "loucura" do fim do ano. Aqui ou em países exóticos, a chegada de um novo ano, em vez de ser vista como esperança e assumida com fé, derrete-se nos copos, nas "festas", na extravagância ocasional e sem sentido. Sim, a presença do Salvador entre nós faz cada vez mais sentido. Lembra-nos como Ele nasceu, viveu e morreu na maior simplicidade e sofrimento porque, desde o primeiro instante, "não havia lugar para Ele". Enquanto não abrirmos esse lugar para Ele, em vez de abrirmos presentes, valemos tanto como os pacotes da fotografia, dejectos de uns fugazes momentos de alegria rapidamente deitados fora.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...