Numa noite destas, o Mário Crespo deu-lhe para entrevistar longamente um dos "pais da pátria democrática", o dr. Almeida Santos. O dr. Santos colocou este ano nos escaparates as suas "Quase Memórias", em dois volumes, e esse foi o pretexto para a conversa. Não tenciono lê-las porque suponho que não terão qualquer interesse. Almeida Santos jamais poderia ir ao "fim da memória" - que a defunta Castro me perdoe a recorrência - por inteiro. O "quase" do título é, a esse propósito, eloquente. O presidente do PS é das pessoas que mais sabe da vida política e de outras "vidas" de muitos protagonistas contemporâneos, de África à Metrópole, dos anos cinquenta e tal até hoje. E, convenhamos, sempre é um senhor e não propriamente um "alternadeiro". Consta que apesar da sua imensa fortuna e património, é um homem de enorme generosidade. Quando era presidente do Parlamento passava o tempo ao telefone a tratar de coisas que lhe pediam, desde a porteira aos ministros. Nunca mais me esqueço de, noutra encarnação, um ilustre militante do PS - que presidia a uma instituição pública em Lisboa mas que tinha sido anos a fio presidente de uma câmara municipal e que é verdadeiramente um bom homem, Júlio Henriques - me ter revelado uma "máxima" cara a Almeida Santos. "Para os amigos, tudo. Para os inimigos, nada. Para os outros, cumpra-se a lei". Não sei se isto constitui a epígrafe das "memórias". Todavia o "quase" do título está todo aqui.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...