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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

UM COLEGA DE DUAS COLEGAS

João Gonçalves 8 Dez 06

A Fernanda Câncio, pelo que dela conheço, não precisa de ser defendida por nenhum orangotango devidamente amestrado ou por um guarda-costas mal treinado. Dito isto, gosto muito de ler o Glória Fácil, coisa que faço e tenciono continuar a fazer todos os dias, assim Deus o queira. Para além disso, encontro ali muita coisa que desconheço sobre mim mesmo. Por exemplo, que "me passei" pode sempre ser uma indirecta ao facto de, pela primeira vez na minha vida, ter recorrido a um psiquiatra e tomar regularmente "Zoloft". Todavia, já estou melhor, obrigadinho. Pode acontecer, aliás, que o meu psiquiatra leia isto e deixe um atestado comprovativo. Quanto aos "problemas de carácter", nunca recorri à fisioterapia por causa da coluna vertebral. Ando normalmente direito, de cara erguida e não fujo ao confronto. Também não uso a língua para lamber as botas de ninguém. São, de facto, problemas de carácter nos dias que correm. Quanto ao meu "azedume", à "clonagem pobre" de VPV e aos factos de eu "não prestar" e de pedir que me "prestem atenção" (?), é uma opinião como tantas. Se nada presta neste país, por que raio é que eu deveria prestar? Ou o meu adjectivador, não é verdade? Será que ele só escreve para se ler a si mesmo na sanita? Vejo, no entanto, que ele se engana e, Deus seja louvado, tem dúvidas. Engana-se quando afirma que ataco o jornal onde escreve com mais duas colegas do Glória Fácil. Escrevem lá pessoas que muito prezo - algumas que conheço provavelmente desde antes do colega das duas colegas ter parado de bolsar a papinha láctea -, outras que conheci entretanto e algumas com quem me correspondo regularmente. Para além disso, o jornal onde o colega mais as duas colegas de blogue escrevem tem a amabilidade de me citar com alguma frequência sem que eu nunca tivesse pedido que o fizesse. Assim sendo, exijo ao colega das duas colegas que me dê exemplos desses meus "ataques" ao jornal onde perpetra. Não me dê a importância que manifestamente não tenho. Finalmente, e quanto ao "ressentimento blogosférico", está falar de si, colega das duas colegas, não é verdade? E só para terminar: de catolicismo só falo com quem tiver lido pelo menos um dos livros de Joseph Ratzinger. Não se discute com a ignorância.

NO CALOR DA NOITE

João Gonçalves 8 Dez 06


A sra. D. Carolina Salgado - para quem não sabe, "companheira" do sr. Pinto da Costa durante uma meia dúzia de anos - lançou um livro. Com tantos lançamentos e com tantos "escritores" começo a duvidar da utilidade do meu. Mas adiante. A D. Carolina, despeitada pelo abandono e, seguramente, a sentir a falta do "quentinho" que a vida com o sr. Pinto da Costa lhe proporcionava, vem agora "pôr a boca no trombone", uma metodologia frequente da "dor de corno". Como ainda por cima o sr. Pinto da Costa é quem é, a coisa torna-se mais apetecível. Por consequência, a D. Carolina teve mais tempo de antena do que os socialistas que governam tanta Europa. Só a "santinha" Ségolène conseguiu melhor e apenas em um dia. Não simpatizo nada com este género de ressentimento moralista, da mesma forma que não me agrada a personalidade do visado. Lavar roupa suja em público para ganhar "algum" no livro e impressionar os leitores "do coração", diz tudo da mulher encontrada pelo seu príncipe encantado "no calor da noite". Ao que chegou a D. Quixote, a editora exclusiva do torturado Lobo Antunes. Pior era impossível.

INCOMPATIBILIDADES

João Gonçalves 8 Dez 06

Um caso visto pelo Paulo Gorjão. Pergunta ele se não haverá mais no Parlamento. Então e fora do Parlamento? Juro-lhe que, tudo junto, dava matéria para um blogue, cheio de posts.

HOJE OS JORNALISTAS, AMANHÃ NÓS

João Gonçalves 8 Dez 06


ERC: "a Entidade Reguladora da Comunicação Social transformou-se na principal ameaça à liberdade de imprensa em Portugal."

Ler no Crítico:"Depois da leitura deste arrazoado desculpabilizador do governo, atacando pessoalmente e de forma gravosa um crítico corajoso e independente que ousou manifestar-se contra uma situação que atinge foros de escândalo, este texto descredibiliza-se a si próprio e a quem o mandou fazer, é um texto persecutório, atentatório da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa."

Não me apetece dizer mais nada do que já tinha dito noutra ocasião: hoje os jornalistas, amanhã nós.

RESPEITINHO E CENSURA

João Gonçalves 8 Dez 06


Quando estive na direcção do Teatro Nacional de São Carlos, o Jorge Rodrigues, "pivot" do programa "Ritornello" da Antena 2, da RTP/RDP, convidou-me para uma agradável entrevista em torno da música e do Teatro. O "Ritornello" é um bom momento da rádio "clássica", tal como o eram os saudosos programas operáticos de Maria Helena de Freitas, independentemente de o Jorge dar demasiado "vento" aos amigos dele com conversas por vezes demasiado frívolas. Também por lá passam artistas nacionais e internacionais que o Jorge "apanha" cá ou lá fora. Sucede que ele terá entrevistado o secretário de Estado da Cultura, Mário Vieira de Carvalho, e, um pouco a seguir, o director artístico do TNSC, Paolo Pinamonti. É sabido que a posição destes dois sobre o futuro do Teatro não é coincidente e Pinamonti, com inegável coragem, tem-no dito repetida e fundamentadamente. Entretanto o Jorge informou-me que a direcção da Antena 2 - Rui Pêgo e João Almeida - (atenção João, tudo bons rapazes não é verdade?) o chamou há dois dias para o informar que estava proibido de fazer mais entrevistas no "Ritornello", incluindo a artistas nacionais, salvando-se da operação censória apenas as "estrelas internacionais". A "entidade reguladora", que já anda para aí a mostrar o seu zelo pelo respeitinho, não terá nada a dizer disto?

NINGUÉM ESCREVE AO PRESIDENTE

João Gonçalves 8 Dez 06

O chefe de Estado enviou, via chefe da sua casa civil, uma carta à RTP criticando a forma como o canal oficial transmitiu a comunicação ao país sobre o referendo. Parece que a RTP omitiu as primeiras frases do presidente, que se ouvia passos por todo o lado e o burburinho dos jornalistas presentes. Também parece que, até agora, a administração não se dignou responder ao presidente. Oh João, V. que gosta tanto da RTP, meta lá "uma cunha" ao Marinho & Cia. para ver se o presidente da República fica esclarecido. Lá por ele não ser "da malta", sempre é presidente desta treta toda. E, até mais ver, um bom amigo.

QUESTÕES DE GÉNERO

João Gonçalves 8 Dez 06

Não há nenhuma moça, socialista ou não, que acorde assim? E nenhum moço, mesmo não socialista, que acorde com ela? O chocho do Hollande não tem pedalada para isto. É tudo uma questão, sei lá, de género. "E lá foram os nossos tão saloios socialistas (e não só, e não só...) pasmar no Porto para a presidenciável «tia» Ségolène Royal: a nova «poster girl» da esquerda Chanel francesa."

LER OS OUTROS

João Gonçalves 8 Dez 06



"Gente descomprometida passou de moda. É um esclarecedor sinal dos tempos."

Pedro Correia in Corta-Fitas

"É de louvar e creditar o esforço feito para se melhorar o salário mínimo nacional.Mas não haverá champagne a mais nas celebrações?"

José Medeiros Ferreira in Bichos Carpinteiros


"2009 vai ser um ano bestial. Ele é o fim do alargamento do IC19, a construção do IC30 e do IC16, a execução do plano de acção para os deficientes e mais a subida do salário mínimo até aos 500 euros. Tudo para 2009. Tá bom de ver que 2009 é número da sorte."

Rodrigo Moita de Deus in 31 da Armada

"Eu defendo que Cavaco Silva devia informar os cidadãos sobre se vota sim ou se vota não no referendo. Não vejo em que é que isso diminuiria a função ou o titular. Pelo contrário, a falta de posição é que diminuirá a dimensão política do titular. E não se argumente com a ideia tão portuguesinha que o Presidente da República o é de todos os portugueses, que deve unir e não dividir e que tomar posição é dividi-los. Essa é uma visão meramente paroquial das instituições e da democracia. O Primeiro-Ministro e os membros do Governo também o são de todos os portugueses e tomam posição e bem, independentemente de não tomarem posição igual à minha."

Jorge Ferreira in Tomar Partido2

"Enquanto a classe merda passeava os cães
e votava por Kim Il-Sócrates
deu o tranglomanglo no poeta
e ele morreu foi desta
para melhor.

Mas não faz mal
só se perdem os que caem no céu.

Cesariny deve estar no real absoluto
a tomar uma cerveja
(um cigarro? uma cereja?)
com Rimbaud,
o Esfinge Gorda,
e os outros moços do complô.

Posfácio podendo servir (também) de poema

O céu a seu dono. A Cesariny o que é do poeta: o
inferno real absoluto (revisitado), o vidro moí-
do, a vassoura de giestas. Foda-se. Mai’nada!"


Mário Santos, no suplemento Mil Folhas do Público, via Eduardo Pitta

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