No âmbito da "operação furacão", várias autoridades, com o estrondo habitual, irromperam pelos escritórios de duas ou três portentosas construtoras civis do regime. É sempre assim que se começa, "última hora" nos telejornais, primeiras páginas nos jornais e rádios. Durante uns minutos parece que qualquer coisa estremece. Depois, percebe-se que algumas dessas construtoras financiaram campanhas eleitorais dos dois maiores partidos. Aos microfones de uma rádio, o dr. Vitalino Canas, com toda a beatitude política do mundo e com o que aprendeu junto dos chineses em Macau, explica que os cidadãos - leia-se, os administradores das ditas construtoras - estão a zelar pelo "bem comum" (palavra de honra) ao investirem nos partidos. Quem investe nos partidos, investe na democracia, diz Canas. Com este argumentário, Canas acabou por não responder à pergunta do jornalista que lhe falava nas legislativas de 2002 ao que ele repenicava com o novo regime de financiamento dos partidos por particulares. Do PSD, não se ouviu ninguém mas recordou-se Paulo Morais, do Porto, e as "trocas e baldrocas" para a aprovação de projectos betoneiros pela câmara. A "operação furacão", como todas as "operações" que mexem no "núcleo duro" do regime, acabará numa leve brisa. Por isso, e já que falamos em construtoras, se se mexer muito, acabar-se-á por perceber que as "estruturas" estão podres. A rapacidade é atomista, nunca tem rosto, nome ou lugar. Depois não se admirem do Salazar ser escolhido no divertimento da D. Elisa como o "grande português".
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...