Recordo-me que acabei de ler "As máscaras de salazar", as "primeiras", num hotel de Trier, a cidade onde nasceu Karl Marx, não tendo nada uma coisa a ver com a outra. O meu amigo Fernando Dacosta, insuspeito de necrofilia salazarista apesar de alguns pretenderem que ele tem um secreto fascínio pela ilustre figura do Vimieiro (quem é que não tem e quem é que não tem por Mário Soares, por exemplo, não obstante a linearidade deste último?), relança o livro, como se costuma dizer, "revisto, correcto e aumentado". O Fernando, se bem me lembro, chegou a conhecer o ditador e conta isso. É forçoso "desmitificar" e "desmistificar" Salazar, ouvi-o dizer de manhã aos microfones da rádio. Dacosta "empurra" Salazar para um território muito pouco seu, o humano. Sem propriamente o "humanizar", o Fernando apresenta-nos o homem por trás da esfinge que os serviços de propaganda eternizaram em poses conhecidas. Para as "novas gerações", embora não saiba muito bem o que isto seja (v.g. o nosso "primeiro" é jovem mas é autoritariamente velhíssimo tal como José Medeiros Ferreira tem mais idade e está cada vez mais "jovem" intelectualmente), o livro do Fernando Dacosta pode ter interesse. Ao menos para perceberem de quem se fala e por que se fala de Oliveira Salazar, esse português intrigante.
Adenda: Lançamento, com o autor e outros, na Livraria Bertrand do Picoas Plaza, às 18h do dia 5 de Dezembro.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...