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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

IR PARA DENTRO

João Gonçalves 27 Nov 06

Para acabar o dia em beleza, depois de uma valente chuvada e cão a dar-lhe para cheirar "saídas", aparece na televisão oficiosa o esplêndido Mariano Gago, da ciência e ensino superior, bem como uma enxurrada de reitores e de estudantes vestidos de corvos. O Eduardo Pitta, em mais um dos seus periódicos acessos "socráticos", pede imaginação às universidades, sonhando porventura com Stanfords, empresas e "sociedades civis" que manifestamente não existem por perto. Nem isto tudo, nem política. Como o seu amigo Armando, "vou para dentro". "E é o que tenho feito até hoje. Ir para dentro."

Adenda da meia-noite: Foi preciso um ministro do dr. Salazar para "chamar à pedra" o ministro Gago. Se a comissão a que Adriano Moreira presidiu gastou 3 milhões de euros/ano, por causa das suas várias sub-comissões, foi porque alguém lhe deu esse dinheiro. A data mencionada pelo ex-ministro do Ultramar, 1998, para o início das actividades da comissão que chefiou, coincide com um governo de que fazia parte o actual ministro Gago. O famoso "esforço nacional", a cartilha socrática em vigor que Mariano Gago repetiu à exaustão, arrasará com tudo no ano que chega daqui a um mês. Vão ver.

QUESTÕES DE PROTECÇÃO

João Gonçalves 27 Nov 06


Mário Crespo fez uma excelente entrevista a Augusto Santos Silva, na SIC Notícias, sobre a "entidade reguladora da comunicação social" e os seus extraordinários poderes reguladores e interruptores em preparação. Santos Silva falou de "escolha" do espectador, dos seus "direitos" e das "grelhas" programadas com 48 horas de antecedência, ao que Crespo ripostou com a BBC onde chegam a fazer dezenas de alterações de programação por dia nos seus vários canais sem que o espectador sinta necessidade de ser "protegido". A grande preocupação de Santos Silva é a pornografia "em canal aberto", quando inteiros serviços noticiosos e talk shows indescritíveis não passam de pura pornografia intelectual e visual. De acordo com o ministro, a "intervenção" da dita "entidade" far-se-á para proteger os espectadores de televisão de alegadas extravagâncias cuja definição fica a cargo da "entidade" dita independente só porque é "escolhida" pelo Parlamento. Pois. E quem é que protege os espectadores da "entidade" e do senhor ministro?

UM LIVRO, UM HOMEM

João Gonçalves 27 Nov 06


A beleza, a história, a melancolia de um olhar pessoal sobre uma das mais belas cidades do mundo. A palavra, a fé e o conhecimento profundo dos homens, sem ilusões nem temores reverenciais em relação ao essencial.

AS CONTINHAS -2

João Gonçalves 27 Nov 06


Ele há dinheiro para tudo e para nada. Estranho país, estranho Estado e estranho regime que permite que se façam as contas mais inverosímeis para os mais desvairados propósitos, típicos de novos-ricos. E reposições e responsabilidade financeira, moita?

"ROAD TO NOWHERE"

João Gonçalves 27 Nov 06

O senhor engenheiro foi "inaugurar" umas obras quaisquer supostamente concluídas na IC19. Afinal, parece que ainda não estavam exactamente concluídas. O ministro Lino apareceu, inevitavelmente enquadrado pelo powerpoint, a explicar o betão à volta de Lisboa para "facilitar" o trânsito. Sina das nossas estradas: sempre em obras, sempre em alargamentos, nunca definitivas, nunca seguras. As que não estão em obras, encerram por causa da chuva e dos rios, e algumas pontes caem sem mais. Este país, sempre à beira do último abismo mais colorido, lembra-me uma velha canção, "road to nowhere". Já estivemos mais longe.

À PORTA

João Gonçalves 27 Nov 06


Finalmente um pouco de bom senso na União Europeia.

OPART OU O RAIO QUE OS PARTA?

João Gonçalves 27 Nov 06


Por uma entrevista escorreita no Actual, o suplemento "cultural" do Expresso, percebi que os directores do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado, respectivamente Paolo Pinamonti e Ana Pereira Caldas, ficaram fora dos preparativos do novo organismo que vai juntar aqueles dois e que passará a ter a natureza de "entidade pública empresarial". Como não há dinheiro - o TNSC vai "cortar" cerca de 20% da programação inicial, tanto quanto o corte orçamental sofrido -, Pinamonti, com inegável realismo, menciona o eventual recurso a empréstimos bancários por parte da "entidade", os inevitáveis despedimentos e reestruturações (diria antes estruturações porque não existe nenhuma) em matéria de pessoal e outras atribulações que prometem tudo menos espectáculos a sério que é para isso que ambos, TNSC e CNB, existem. A coisa está entregue a uma comissão vinda directamente de Marte e do interesse particular de alguns dos seus membros, cuja composição, à partida, não augura nada de bom. Mário Vieira de Carvalho, o secretário de Estado de Pires de Lima, tutela esta peripécia e, suponho, dirige-a. Ao menos, Pinamonti e Pereira Caldas tinham ideias e projectos concretos. A pior coisa que podia acontecer ao TNSC - e só falo deste porque o conheço razoavelmente bem - era voltar aos tempos da infeliz Fundação São Carlos. Aí, sim, foi um "fartar vilanagem" e mordomias tão esdrúxulas quanto inúteis: cada vez que faltava dinheiro, recorria-se ao empréstimo. Quando veio o instituto público e acabou a Fundação, em 97/98, o défice que entretanto o Estado foi forçado a regularizar, chegava aos 200 mil contos, a preços da época. É para esse tempo - versão "esquerda moderna" de "vacas gordas" entremeadas com "vacas escanzeladas" gerida por uns quantos "amigos de Peniche" - que Vieira de Carvalho e a sua comissãozinha amestrada querem voltar?

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