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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

GEDEÃO

João Gonçalves 24 Nov 06

Eu sou o homem. O Homem.
Desço ao mar e subo ao céu.
Não há temores que me domem
É tudo meu, tudo meu.


A PROPAGANDA...

João Gonçalves 24 Nov 06

... não tem preço. E este ministro até não é mau.

OTA, TGV...?

João Gonçalves 24 Nov 06

Em apenas três semanas, a circulação ferroviária foi interrompida duas vezes pela natureza. Na linha do norte e na linha do oeste, com os vetustos carris invadidos pela água. O senhor que está a "preparar" a OTA já "alargou" a previsão de povo no aeroporto para 25 milhões que é como quem diz, as habituais "derrapagens" continuarão se o louco projecto avançar. Há um ano, um candidato presidencial, por sinal eleito, tinha muitas dúvidas sobre a "relação custo/benefício" e sobre os "estudos" justificativos da OTA e do TGV. Espero que, ao menos, essas dúvidas persistam.

O DR. CAMPOS

João Gonçalves 24 Nov 06

Impensável, Francisco? Nada do que brota da excelsa cabeça do dr. Campos deve ser levado à conta de um pensamento. O dr. Campos tem o dom de alternar, mesmo em um só dia, as suas distintas opiniões. O dr. Campos, se fosse ministro de Pedro Santana Lopes, já teria provocado um pequeno tumulto e cabeças várias já estariam a ser reclamadas. Todavia, como vivemos em tempos de "silêncios estratégicos", o dr. Campos pode persistir na sua curiosa visão do mundo que ninguém leva a mal.

AFUNDAÇÃO NACIONAL

João Gonçalves 24 Nov 06


Enquanto o país se afunda com a água que brota da terra, do mar e do céu, decorre uma "cimeira ibérica" em Badajoz, certamente um momento político ímpar para a sobrevivência nacional. Por outro lado, o governo "comemorou" um ano de plano tecnológico, com o dr. Zorrinho, o "coordenador", muito contente. Que pena que o plano tecnológico não aproveite ao país que, ontem como hoje, aguenta estoicamente as desventuras da natureza. Não se esqueçam dos caramelos, sim?

PARA SEMPRE?

João Gonçalves 24 Nov 06


Caramba, Fernanda, grande prosa: perceber nas entrelinhas do escurinho do cinema, de um livro, nas rugas prematuras do rosto que "para sempre não há", apenas, como escreveu Vergílio Ferreira, uma porra de uma quantidade imensa e inútil de nós que "acontece no acontecer" e que é só devastação.

O FIM DA POLÍTICA

João Gonçalves 24 Nov 06


Também fiz o mesmo que o João, só que na FNAC do Colombo. Retive do prefácio da Constança Cunha e Sá a nostalgia pelo fim da política que representou, de alguma forma, a derrota de Soares 3 e a emergência de Cavaco 1. O Cavaco 2, se existir, terá de rever os velhos manuais da dita para que a história o registe como político e não apenas como um homem muito competente. Quanto ao resto, concordo com o João, apesar de saber mais umas coisinhas do que ele, mas isso fica para umas memórias quaisquer. "1. Os membros do MASP 3 detestavam-se e o ambiente era de cortar à faca. 2. A estrutura do MASP 3 era caracterizada pelo amadorismo e por grandes carências ao nível operacional e logístico.3. Soares foi sempre o principal adversário de si mesmo. Nunca percebeu que 2006 é a era do Cabo , da Internet e das Tv's Privadas e não como em 86 , do monopólio da Rádio e Tv Publica e dos jornais em que ainda estavam lá os seus amigos". Se me permite, só mais um número 4: a ausência do PS oficial, no "terreno", já a pensar na "cooperação estratégica".

"O MEIO, À LUPA, SEM LICENÇA"

João Gonçalves 24 Nov 06




"Não admira que "O Livro do Meio" seja motivo de escândalo e atrabile. O país dos interditos convive mal com movimentos de câmara lenta. O rumor surdo da perplexidade traduz as reticências de regra. Afinal, o que é que leva dois autores consagrados, Armando Silva Carvalho e Maria Velho da Costa, nascidos ambos em 1938, à desabusada escavação da infância? Por que é que, sem perder Laclos de vista, foram ambos induzidos à narrativa da intriga? Valmont e a Merteuil trocaram o castelo de Madame de Rosemond pelo British Quintal? (O British Quintal é o jardim da casa de Maria Velho da Costa.) Pergunta ela: "E que fizemos à Merteuil e ao Visconde? / Devem ter-se tolhido com a tua abominação da aristocracia, a querela de classes, o Terror." (p. 308) A questão não é inocente. E o protocolo não engana: nos interstícios do passado insinua-se a prova do quotidiano. Leitura do mundo: obras, autores, prémios, família, castas, ódios, equívocos, querela, política, dinheiro. O Meio à lupa, sem licença, entre 4 de Fevereiro e 29 de Junho do ano em curso. Tão simples como isto."

Eduardo Pitta, in Mil Folhas, Público

UMA CAMPANHA ALEGRE

João Gonçalves 24 Nov 06


Estreei-me na Casa Fernando Pessoa, ao lado de Miss Pearls, um espaço magnífico agora entregue à argúcia e à imaginação do Francisco José Viegas, mais do que propriamente, se bem percebi, às verbas. De livros se falou e do "Estado e a cultura". Isabel Pires de Lima confessou que já estava a ler, como eu, "O Livro de Meio", de Armando Silva Carvalho e Maria Velho da Costa que, nas suas linhas e entrelinhas lhe deve fazer melhor à cabeça do que o orçamento que tem para um ministério que ela, tão esforçada quanto inutilmente, se propôs defender cheia de mapas. Zita Seabra falou do que sabe e gosta - dos livros - e demonstrou a falácia em que a especialista em Eça anda a incorrer. Urbano Tavares Rodrigues, velhinho e doce, leu um bocado do seu novo romance. Rui Horta pedinchou, como lhe competia, e José Fonseca e Costa, o aristocrata do cinema português, gostava que o dito tivesse tantos espectadores como "Casino Royale", menos burocracia e, naturalmente, mais massa. Na assistência, alguns dependentes e candidatos a dependentes da ministra e da sua pequena e estouvada corte, um inesperado André Dourado (da parte "cultural" do gabinete do dr. Barroso enquanto 1º ministro) que, muito a propos, e com o conhecimento de quem esteve na Fundação das Descobertas, vulgo CCB, explicou a Pires de Lima que a exposição temporária da colecção Berardo tinha sido o maior flop financeiro da gesta Fraústo/actual governadora civil de Lisboa, agora que o governo converteu o espaço em praticamente uma coutada privada do sr. comendador. Saí de lá sem chuva, a saber pela Zita Seabra que o PC tinha retirado "parte" da confiança política a uma sua deputada (já chegámos ao ponto de a "confiança política" se dividir às postas) e confortado na minha certeza da inutilidade do ministério da Cultura. A forma como a ministra fez as suas continhas, constituiu todo um programa. O único, aliás, ou a falta dele. Mais vale dedicar-se ao que sabe e deixar-se de "campanhas alegres". E o Estado também.

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