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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

NÃO SE PODE DEPORTAR?

João Gonçalves 22 Nov 06

Custa-me, palavra de honra que me custa, meter o JFK no meio do charco. Acontece que num telejornal qualquer apareceu a "escola nacional de belas artes" a degradar-se, noutro o IPO do Porto sem aparelhos suficientes para radioterapia (mas o aborto, meu Deus, o aborto, essa trepidante causa "pós-moderno-antiga" que deve passar à frente dos cancerosos no SNS) - e em todos uns quantos alunos do "básico e do secundário" - nunca o termo básico foi tão oportuno - a berrarem contra Maria de Lurdes Rodrigues, em "manifestações expontâneas", tipo pedofilia sindical. Não se pode deportar o país inteiro para qualquer lado?

JFK

João Gonçalves 22 Nov 06

"Only a hero can capture the secret imagination of a people, and so be good for the vitality of his nation; a hero embodied the fantasy and so allows each private mind the liberty to consider its fantasy and find a way to grow."

Norman Mailer sobre Kennedy quando passam 43 anos sobre a sua morte brutal, via Minha Rica Casinha

QUESTÕES DE ACREDITAÇÃO

João Gonçalves 22 Nov 06

Por indecente e má figura, denunciada pela entidade europeia competente, foi extinta uma coisa chamada "conselho nacional de avaliação do ensino superior". Se percorrermos a lista dos "conselheiros" - presumindo que podemos acreditar nela, já que Teresa Ambrósio está lá apesar de ter falecido este ano - só encontramos "professores doutores" daqueles que as nossas grotescas universidades produzem em série. Avaliai-vos uns aos outros e não deixeis que ninguém meta aqui o bedelho, parece ter sido o lema deste generoso "conselho" que, desde a sua criação pelo bonzinho Guterres, custou 35 milhões de euros ao erário público. Este governo, na pessoa do dr. Gago, uma eminência recuperada ao "guterrismo", engoliu em seco e partiu para a criação de uma "agência nacional de avaliação e acreditação do ensino superior". Talvez a "agência" pudesse começar por "avaliar" e "acreditar" o senhor ministro e, depois, quem sabe, as venerandas figuras e os estabelecimentos onde as primeiras debitam ensino a que chamam de "superior". Quem é que pode acreditar nesta gente?

A TROPA

João Gonçalves 22 Nov 06


Para que serve a tropa neste momento? Aparentemente para nada. Quando muito, ajuda a apagar fogos, a conter inundações e dedica-se a actividades de natureza filantrópica. Finda a guerra e os "golpes", a democracia ficou sem saber bem o que fazer com ela. Aos poucos, foi-se apoucando a função e os homens que a serviram uma vida inteira. Como cumpri o serviço militar obrigatório que demagogicamente foi extinto pela "direita", tive o privilégio de conhecer muitos militares. Confesso que nunca me senti mal e entendo que um módico de dignidade é fundamental para não envacalharmos tudo em nome do correcto político. Isso passa por duas coisas. A primeira, por os poderes públicos não tratarem os militares como um bando de obsoletos dispensáveis. Um país precisa de alguma simbologia para sobreviver e não de macacada. A segunda, por os militares, mediante passeatas folclóricas, não contribuirem para o descrédito de uma instituição que pouco significa para as novas gerações, "educadas" apenas para a frivolidade e para o "carpe diem". Senão, mais vale meter tudo no glorioso "serviço nacional de bombeiros e protecção civil" e aprender a fazer "ponto-cruz".

UMA CAMARILHA

João Gonçalves 22 Nov 06


(...) Na primeira página do livro, ficamos a saber que Santana já tinha, aos 25 anos, uma certa importância política. Páginas adiante, mostra-se a si próprio e a Barroso, muito jovens e sonhadores, a partilharem antecipadamente entre os dois as regedorias do regime. Ungidos por uma aproximação precoce ao poder, propiciada pela revolução de 1974, pertencem a um pequeno grupo desde sempre convencido de que o poder em Portugal seria distribuído em função das relações de força entre eles. Tornaram-se exímios na criação de "percepções" e "factos políticos". Tornaram-se também um pouco paranóicos (por exemplo, Barroso e Santana evitavam falar de política ao telefone). Quanto ao povo, esperaram que, à porta do palácio, lhes fosse admirando a esperteza e a sorte, enquanto roía os sobejos do Estado social. Eis os políticos que temos. Não formam, de facto, uma classe política democrática, mas uma "camarilha" digna de qualquer corte absolutista do século XVIII. Têm muitos sonhos. Mas nós - os eleitores - não fazemos parte desses sonhos."

Rui Ramos, in Público, "Os sonhos deles"

MEMÓRIAS LAURENTINAS

João Gonçalves 22 Nov 06

No Suspensão do Juízo (não sei de quem é mas gosto), "Frederico Lourenço". O pretty boy lido pelos "seus", já algo fartinhos da arcadia.

O PERB - 2

João Gonçalves 22 Nov 06

Oh João, V. também aderiu ao PERB? Quem diria.

O MANDARIM - 2

João Gonçalves 22 Nov 06

Ah, é verdade. Já cá faltava a manifestaçãozinha das SMS, para o CCB, em "protesto" pelo passamento da "Festa da Música". Alguns devem ter razão. Em 365 dias, é bem capaz de serem os únicos dois em que se sentiam "cultos". Senhora professora: nomeou o mandarim, não nomeou? Agora ature-o.

CCB GALLERY

João Gonçalves 22 Nov 06


Até "embater" em Mega Ferreira e na "Festa da Música", Isabel Pires de Lima "servia". Modestamente, mas "servia". Na verdade, já tinha deixado de "servir" quando foi passada para trás no negócio Berardo em que o referido Mega foi um conivente passivo. Não sei de que se admiram. Querem "chuva na eira e sol no nabal", a colecção do sr. comendador e o Haydn em prestações suaves num fim de semana de primavera? E será que Isabel Pires de Lima ainda não percebeu que, entre outros e outras, Mega é um candidato a seu sucessor? Onde é que esta gente toda vive? Num quadro da colecção do comendador?

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