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portugal dos pequeninos

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UM PAÍS QUE NUNCA SE APAGA

João Gonçalves 17 Nov 06

O huis clos a que chegou a nossa "identidade cultural" esteve bem presente na "comemoração" dos 84 anos de José Saramago. Ainda há dias revia um excelente documentário sobre Salazar, projectado pelo José Mendonça da Cruz, onde não faltavam os "locais", do "tempo" do "senhor presidente", a referir como ele limpava o ranho das criancinhas que encontrava na rua, como podava as vinhas ou como a "criada" lhe preparava um "aviamento" de couves e galinhas para mandar para São Bento. A lógica é a mesma, só a envergadura dos homens é que é diferente. Se o país, como recorda o Tomás, tivesse dependido da vontade do sr. Saramago, provavelmente nem o documentário sobre Salazar teria sido realizado. Mete-me nojo ver como o regime, desde a esquerda à direita - não esquecer a "reconciliação" promovida pelo dr. Barroso, outro "grande homem" -, se inclina respeitosamente perante esta seca e rancorosa criatura dita de "letras" como se ele tivesse descoberto a "literatura portuguesa". Por isso a Azinhaga foi ontem símbolo, não de regozijo, mas de um país que nunca se apaga.

É A POLÍTICA, PROFESSOR CAVACO

João Gonçalves 17 Nov 06

Cavaco Silva deu ontem à noite a um governo aquilo que, até agora, nenhum outro PR da democracia tinha dado: caução integral. Fugindo da natureza exclusivamente política do cargo que ocupa - unipessoal, de escolha directa - Cavaco parecia ter saído directamente de um ecrã de powerpoint, daqueles a que se reduz o glorioso "plano tecnológico". Não houve um pingo de "política" nas palavras do Chefe de Estado, qual monarca inglês a debitar o "discurso do trono" do "seu" primero-ministro. Ao ir tão longe no comprometimento com o "reformismo" virtual do governo, o Presidente esqueceu-se que precisa das mãos livres para, quando tal for necessário, agir. No dia em que isso acontecer, com que cara é que Cavaco vai trocar os agora contentinhos silêncios mútuos com Sócrates? Digo silêncios porque deduzi das palavras do Presidente que ele aprecia o mutismo socrático como forma de "fazer política". A "cooperação estratégica" não significa reduzir a política e o conflito ao grau zero. O que Cavaco Silva esteve a "explicar", qualquer esforçado secretário de Estado de Sócrates não faria melhor. Para as continhas e para a "modernização" tagarela, Sócrates já lá tem quanto baste. É de política que falamos quando falamos de política. E a política, como a realidade se encarregará de demonstrar a Cavaco, está precisamente no coração do cargo que ocupa. Varrê-la para debaixo da alcatifa, em nome do "espírito reformista do governo", não lhe resolve um problema dos que ele vai ter que enfrentar. Só lhe reduz o espaço de manobra junto de uma maioria especializada em "manobras". É a política, prof. Cavaco, não é a economia.

BOA NOTÍCIA....

João Gonçalves 17 Nov 06


... para as "gajas". Ainda por cima é gira, apesar de viver com um panhonha. Uma "sócrática", esta Ségolène.

COISA DE SENHORAS

João Gonçalves 17 Nov 06

Ler o Pedro Correia, "objecções de forma e de fundo". Esquecem-se sempre do "gajo" nesta coisa da "interrupção voluntária".

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