Hoje e amanhã estarei a dar o meu pequeno contributo para a redução do défice e da despesa pública. A forma como as televisões "cobrem" as greves na administração pública é muito interessante de observar. Os paizinhos, coitadinhos, que não sabem onde é que vão deixar os filhos, os pobres cidadãos desinformados - pelos vistos, pelas mesmas televisões - que encontram os centros, os hospitais e as repartições de finanças fechados, o justiceiro que pretende justiça justamente no dia da greve, etc. etc. A ideia é perceptível. Existe um bando de energúmenos que deviam estar de perna aberta para nós, cidadãos, e que decidiram ficar em casa, os malandros. Esta divisão artificial entre bons e maus é ridícula. As greves, desde que o mundo é mundo, fizeram-se precisamente para incomodar, para maçar, para perturbar. Caso contrário, mais valia estarem quietos. Eu pago para fazer a greve, doando ao Estado e aos cidadãos incomodados e desinformados o meu dízimo. Por isso, estou-me nas tintas para as lamúrias e para os comícios como aquele que, ao acordar - sim, porque a minha "consciência social" é movida a Lexotan -, estava o sr. ministro de Estado e da Administração Interna a fazer no Parlamento, em directo, como se tivesse inventado a roda. Que diabo de governo que foi inventar esta cada vez mais detestável figura que eu não conhecia. De vez em quando falava da "direita" e contra a "direita" como se ele representasse a "esquerda". Esqueceu-se que o país que, em surdina, se revolta não é propriedade de ninguém. É tanto a "esquerda" como a "direita". Se quiser, é um "bloco central social" que um dia lhe apresentará a factura política. Dr. Costa: ande mais por aí e leia menos dossiês burocráticos que o "povo", em nome do qual imagina falar, explica-lhe.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...