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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

PORQUÊ

João Gonçalves 27 Out 06

"Incontrolável" João : explique-me lá, se souber, por que é que, no rodapé do telejornal apresentado pelo "escritor" Rodrigues dos Santos, passou uma frase intrigante que dizia o seguinte - "O Estado vai atribuir 169 milhões de euros de indemnizações compensatórias à RTP e à agência Lusa no próximo ano, revelou hoje à Lusa o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva.". O que é que o Estado terá feito ou deixado de fazer a estas mui nobres instituições, designadamente à Lusa que, por assim dizer, afinal "não conta para nada"? A RTP e a Lusa valem, juntas, mais do que a Madeira? Se calhar valem. Vá lá saber-se porquê.

MOVIDA LINGUÍSTICA

João Gonçalves 27 Out 06


O senhor engenheiro foi a Aveiro e tinha meia dúzia de manifestantes para o apupar. Está na moda e não adianta nada. Adiantava mais registar o que ele disse a propósito de mais uma encenação em torno do "plano tecnológico", lado-a-lado com o mago Mariano Gago. Sem graça - tinha-a esgotado à entrada quando, todo torcido, disse que recebia com "humor" todas as manifestações - fez um trocadilho com aquela coisa do "it's the economy, stupid" que transformou em "it's knowledge, stupid". E, para que não ficassem dúvidas, traduziu: "é o conhecimento, estúpido". Bonito efeito "tecnológico", sem dúvida. Mas não ficou por aqui. De seguida, saiu-lhe uma "espanholada": "movida" que, por sinal, não tinha nada a ver com o que se estava a passar em Aveiro. Sócrates não é exactamente um modelo de boa disposição e estas leviandades linguísticas não lhe "ficam" bem. Do mal, o menos. Mais vale manter aquele ar charmoso-irritado do que tentar-se na "movida" da linguagem. É muito traiçoeira.

O DESPACHO

João Gonçalves 27 Out 06

Depois de sucessivos dias malditos, a "central política" do governo decidiu dar ordem a Teixeira dos Santos para "punir" a Madeira. O ministro fê-lo por despacho e pelas televisões, como lhe competia. "Bater" em Jardim é daquelas coisas que costumam cair bem junto da populaça e da opinião que se publica. Por 119 milhões de euros, lava-se a honra perdida nos últimos dias? Não lava. É, insisto, uma questão meramente partidária e de odiozinho de estimação. Esfolar o "pato bravo" em público para que o público salive de gozo e se esqueça da sua própria miséria, é sempre lucrativo. A curto prazo, mas lucrativo.

GRANDE

João Gonçalves 27 Out 06


Mário Soares reapareceu na SIC, numa entrevista com Mário Crespo que mantém sempre aquele ar de quem está a mascar pastilha elástica. Independentemente disso, Soares estava em grande forma e falou do seu novo livro, a apresentar na segunda-feira. Sobretudo falou do mundo e do que se pode esperar dele nos próximos anos. Não é preciso ser de esquerda para acompanhar com prazer a forma como Soares discorre e expõe o seu pensamento nesta matéria. Quem é grande, é sempre grande apesar das adversidades. Ou fundamentalmente por causa delas.

EXTINÇÕES

João Gonçalves 27 Out 06


A ministra da Cultura, num acesso de lucidez, anunciou o propósito de acabar com as "capitais nacionais da cultura". As duas últimas, Coimbra e Faro, constituíram razoáveis desastres, financeiros e "culturais" propriamente ditos. Porém, Isabel Pires de Lima podia prosseguir com o acabar de algumas inutilidades manifestas que persistem no ministério e, por fim, acabar mesmo com ele. Por exemplo, extinguir as "delegações regionais" do MC - essas inúteis sinecuras político-partidárias - seria um bom começo.

O MÉTODO E OS PROTAGONISTAS - 2

João Gonçalves 27 Out 06

O Pedro Magalhães deve ser lido ao longo do dia. Por dois singulares motivos. Porque houve mais uma sondagem sobre o aborto - experimentem ir a Fornos de Algodres perguntar o que pensam da "interrupção voluntária da gravidez" em vez de "aborto" - e porque o Pedro, provavelmente, meditará sobre a "popularidade" dos líderes. Sócrates, valha isto o que valer, já cai. As "esquerdas" e o PR sobem, e Mendes não aproveita, para já, a pequena implosão em curso na maioria e no governo. O autoritarismo democrático de Sócrates é algo que, mais tarde ou mais cedo, como o gelo, se lhe quebrará à frente do nariz. O congresso albanês que aí vem, não o vai ajudar em nada. Sócrates é bom quando vai ao ringue. Ir para cima dele sozinho, com as bancadas cheias de homens e de mulheres-banana a babarem-se, atentos, venerandos e obrigados, só o diminui. Daqui para diante, cada cavadela, sua minhoca. Não há votos de borla.

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