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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

ARTES POÉTICAS

João Gonçalves 18 Out 06

Agora, uma coisa verdadeiramente boa. No blogue de Inês Lourenço, recomendado por um amigo do Porto, esta sequência de posts que formam um artigo de Joaquim Manuel Magalhães ("Poema acompanhado de prefácio - um muro incolor") publicado numa - presumo que - efémera e esgotada revista, Hífen, Cadernos de Poesia, 1994: um, dois, três.

O "PATERNALISMO CULTURAL"

João Gonçalves 18 Out 06

Esta questão colocada pelo João Miranda tem a sua razão de ser. O "paternalismo cultural" sustenta aberrações que passam por ser "criativas", "originais" ou o raio que as parta, todas devidamente subsidiadas pelo OE. Felizmente - nunca pensei vir a utilizar este advérbio para a "cultura" - o orçamento de Estado para 2007 obriga os organismos na sua tutela - designadamente o Instituto das Artes que gere a subsidio-dependência destes "criativos" - a baixar a bitola. Por outro lado, e apesar das leis orgânicas dos teatros nacionais definirem a criação de "novos públicos" como um dos objectivos do respectivo desempenho, não só nunca se percebeu muito bem o que é que isso quer dizer, como, com raríssimas excepções, jamais foram dados passos para chamar aos teatros outros espectadores que não os triviais. É por isso que se deve questionar a subsistência do ministério da Cultura "qua tale". Se é para gerir a mercearia, qualquer outro organismo menos complexo o poderá fazer. Para que as coisas existam e, depois, não tenham nem condições financeiras para funcionar, nem se possua a noção do que é prioritário - os bens culturais móveis e imóveis, em suma, o património físico e intelectual -, mais vale estar quieto. Que o IA não tenha dinheiro para subsidiar "grupos" como os que se encontram "barricados" no Rivoli, não me tira o sono. Que o Estado não tenha dinheiro para conservar livros ou manter museus abertos, já me aborrece. O resto é paisagem e o comendador Berardo.

QUEM MANDA

João Gonçalves 18 Out 06

Os "argumentos" revelados ao Público por alguns magistrados do MP - que pediram o anonimato - acerca do "chumbo" do dr. Mário Gomes Dias, seu colega, para procurador-geral adjunto, são muito interessantes. De acordo com as referidas sibilas, Gomes Dias será "conservador", tem posições "de direita", está há muito tempo afastado dos tribunais e foi, finalmente, dirigente da PJ nos idos de 70. Sem querer, estes magistrados anónimos foram traídos pelo respectivo inconsciente. Ficamos a saber que, dentro da PGR, há quem proceda à "arrumação" política dos colegas, com o dr. Cluny a lavar as mãozinhas destas "posições". A PGR, como os professores, está refém do seu sindicato. Oxalá Pinto Monteiro (que vem de fora) não transija e, dia 3, apresente a votos, de novo, Gomes Dias. Se o não fizer, jamais mandará realmente.

A CORRENTE ELÉCTRICA

João Gonçalves 18 Out 06

Uma desgraça raramente vem sozinha. O dr. Manuel Pinho tem um secretário de Estado para a Energia e a Inovação que atribuiu o aumento de 16% na electricidade, no próximo ano, ao mau desempenho dos consumidores. Segundo este senhor, de nome Castro Guerra, existe um "défice" que tem que ser colmatado com o dito aumento, défice esse causado pelos consumidores. A EDP, a empresa que distribui a energia eléctrica que eu preciso, quer eu queira, quer não (não há outra), é gerida pelo dr. Mexia, um amigalhaço dos drs. Pina Moura e Santana Lopes. Tem lucros colossais. E agora, com o beneplácito do sr. Guerra e com a esfarrapada conversa da "concorrência", do "mercado e da "entidade não sei de quê", espreme-se o nefando cliente nos termos enunciados. Eu sei que não é o governo a determinar esta chulice. Todavia, convinha que o primeiro-ministro - já que estamos a falar de um ministério politicamente incapaz - pudesse evitar estes pronunciamentos idiotas. Porque, em última análise, é directamente a ele que tudo vai parar, mais tarde ou mais cedo. Como uma espécie de corrente eléctrica.

Adenda: Nem tudo é mau ou mesmo péssimo. Três das sete SCUT's vão ter portagens. Só faltam quatro ou três, já que a A22 não tem alternativa. Apesar de concordar com as portagens nas SCUT's, nunca é demais lembrar que é mais uma "promessa eleitoral" que foi varrida para debaixo do tapete. Sócrates terá decidido fazer o mal todo de uma vez? É que se for assim, é de esperar o pior da fase do "bem".

APAGÃO

João Gonçalves 18 Out 06

Motivos informaticamente obscuros, fizeram com que o Portugal dos Pequeninos sofresse um inexplicável apagão. Porém, como diria o Santo Padre, nós somos fortes. E seguimos em frente.

CRIME E CASTIGO

João Gonçalves 18 Out 06

Não gosto de falar de mim e muito menos do que faço "na vida". Todavia, no caso em apreço, já fiz e já deixei de fazer há mais de cinco anos. Depois disto, e sendo interpelado pela Fernanda Câncio nos comentários a este post, respondi nos termos que lá se encontram. De seguida, a Fernanda foi à "história"e relembrou casos mais ou menos conhecidos de violência policial. Só umas observações. Os casos que a Fernanda acompanhou jornalisticamente, ou acontecerem antes da criação da IGAI, ou foram seus contemporâneos. Até ao ministro Figueiredo Lopes, incluído, - isto é, com Alberto Costa, Jorge Coelho, vagamente Fernando Gomes e Severiano Teixeira - a IGAI teve todo o apoio político e institucional para reverter, com êxito, os padrões comportamentais dos agentes policiais e de, quando tal se justificava, os perseguir disciplinarmente ou encaminhar para a entidade judiciária competente. Como ninguém é perfeito, de vez em quando as coisas correm mal. E correm mal quer para os cidadãos, quer para os agentes. Manusear uma arma de fogo não é exactamente uma brincadeira. Não o é quando, em vez de "atirar" aos pneus, o agente "atira" ao vidro. E não o é quando um agente aborda um cidadão e ele responde-lhe, como aconteceu o ano passado nos arredores de Lisboa, à bala. Para ambos os casos, existem investigações e a lei. Para agentes da autoridade e cidadãos, há - partindo do princípio virtual que somos um país a sério - crime e castigo. O que não pode haver é vítimas menos vítimas do que as outras. Um homem morto é sempre um homem morto, independentemente de ter roubado um carro ou de ter perseguido o carro roubado. O "deixá-los fugir" do actual IGAI pode ser uma cacha "gira" se for dita por mim ou por si, Fernanda. Dita por um magistrado nas funções que Clemente Lima ocupa, já não tem tanta graça.

UM CASO DE POLÍCIA - 2

João Gonçalves 18 Out 06

O Público, muito meritoriamente, decidiu "dar voz" ao "protesto" em curso no Teatro Rivoli do Porto. Não se poupa a nada e até tem um blogue onde aparecem coisas como esta. Quem, sem saber nada, ler o que por ali se vai escrevendo, pode julgar que os energúmenos que se enfiaram dentro do Teatro há três dias, foram lá postos, a pão e água, pela Câmara Municipal. Não foram. Ficaram lá depois de um "espectáculo", em protesto. Estão lá voluntaria e inconsequentemente. As televisões, escandalizadas, mostram imagens dos coitadinhos atrás das portas do Teatro como se estivessem presos. Às vezes, em momentos mais perturbados, tendo a pensar que já somos crescidinhos. Felizmente a realidade abre-me os olhos e fico mais descansado. Este episódio de cariz revolucionário-folclórico, digno do pior PREC, é um bom retrato da "cultura do subsídio" e da subserviência larvar dos media perante a indigência dita "criativa". Basta que se mencione Rui Rio para eles puxarem imediatamente da pistola.

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