O Augusto M. Seabra, com quem tantas vezes estou de acordo, escreveu no Público (sem link) um texto estimulante sobre "a emancipação da liberdade", a propósito da encenação "censurada" de Idomeneo na Ópera de Berlim. Ao tentar escapar ao jargão "islamofóbico", o Augusto, sensivelmente a meio do texto, dá-lhe para o jargão "ratzingerfóbico", mais vendível entre nós. "Roma não desistiu de ser a autoridade no mundo. O aggiornamento democrático da Igreja Católica está de há muito feito. Mas acho deveras extraordinário que se queira confundir a Igreja com liberalismo, quando ela enquanto corpo doutrinário e institucional lhe é por natureza estranha", escreve o Augusto. Apesar do tom, tem razão. Bento XVI tem sido muito claro em relação ao que vem. A uma Igreja vulgarizada e globalizada, Ratzinger preferirá sempre a Igreja das comunidades, de maior ou de menor dimensão, mas portadora de uma enorme e bem concentrada fé. Uma fé que permita entender racionalmente a natureza de Deus , e não à bomba ou pela intimidação. Nesse sentido, não pode prescindir de ser "a autoridade no mundo". Se o fizesse - se "cedesse" - claudicava e, quer queira o Augusto, quer não, com ele, mais tarde ou mais cedo, claudicava todo o "Ocidente". Por isso, a Igreja não tem de ser "liberal" e muito menos "democrática". Nós, crentes ou não crentes, é que devemos ser. Por isso estamos "deste" lado. Que não haja ilusões. Existe um "nós" e um "eles". O resto são tretas "imoderadas" que vêem "moderados" onde eles não existem.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...