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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

POR QUE CORREM?

João Gonçalves 25 Set 06


O dr. João Figueiredo carrega a pesada cruz de ter de dar a cara - pálida - pela "reforma do Estado" e pelos "estudos" encomendados a sábias "comissões". É que, quando a coisa aquece, apesar da experiência no "terreno" com as altas temperaturas, o dr. António Costa, ministro de Estado, desaparece. Os cagões das várias "comissões" nomeadas pelo governo- este ou outro qualquer- para "estudarem" tudo e mais alguma coisa, deviam começar por se estudar a si próprios. Quantos professores universitários dessas "comissões", quantos altos funcionários dessas "comissões", quantos "moralistas do sistema" acumulam a "função pública" com tantas outras coisas, umas declaráveis e outras nem tanto? Eu não os invejo porque gosto de ler, de ir à praia, de comer bem e de beber melhor, de escrever aqui e de outros prazeres inerentes à carne, ao sol e à vida de que dias soturnos e engravatados, de 28 a 30 horas, me privariam. E, assim como assim, acabamos todos mortos. Neste caso, por que correm o dr. Figueiredo e os cagões das "comissões"? Não vale a pena.

A LEI QUE EXISTE

João Gonçalves 25 Set 06


A horrorosa "associação portuguesa das famílias numerosas" - cujos membros têm direito a uma "reportagem" semanal no suplemento Tabu do Sol - quer a cabeça de Correia de Campos por ele defender a despenalização do aborto. Ligam isto à "taxa de natalidade" (já de si diminuta e a descer se a interrupção voluntária da gravidez for para a frente, dizem eles), insistindo que o ministro não quer que a referida taxa desça, antes prefere que a do aborto aumente. Com o devido respeito, que é nenhum, a "associação" não tem razão a não ser quando afirma que o ministro tem "falta de senso". Ele terá, de facto, mas não é por isto. Ao falar na realização da IVG nos hospitais públicos, o ministro limita-se a dizer que a lei a permite em três casos perfeitamente identificados mas que, quer médicos, quer enfermeiros, quer as condições objectivas de funcionamento do SNS, não a cumprem, depois de ter sido alterada há mais de vinte anos. Também pesa a "vergonha" cultural e social de recorrer ao hospital público. Por isso, quem pode dá um salto até aqui ao lado ou a uma choruda "privada", e quem não pode - outro tipo de "famílias numerosas" que não cabe no corpo de "betinhos" da APFN - recorre a um expediente mais fácil e inseguro. Se os "activistas" pró-aborto - tipo "não te prives" e agremiações folclóricas congéneres - acham que a despenalização total da IVG altera este estado de coisas, estão muito enganados. Dito de outra forma, a IVG é, há anos, facultada no SNS que, por inexplicáveis "razões de Estado", jamais viu cumprir-se a lei. Sou contra a utilização da IVG como meio anti-concepcional, porém sou favorável ao cumprimento da lei. Da que existe e não da que as "associações" - as "pró" e as "contra" - queriam que existisse.

MATEMÁTICA FUNCIONÁRIA

João Gonçalves 25 Set 06

Num simples post, o Eduardo Pitta resume o fundamental e a respectiva "história". Pena é que a "central de comunicações" do governo - explicada no Sol pelo Jerónimo Pimentel - esteja permanentemente a excitar a opinião pública contra os funcionários do Estado, enfiando tudo e todos no mesmo saco de gatos. Antes de expelir os resultados das suas "comissões" de sábios - nas quais estão funcionários públicos, a menos que os professores universitários e outras luminárias que eu bem conheço sejam da "sociedade civil" -, conviria ao executivo explicar (como se isso lhe interessasse...) a diversidade do conceito de "funcionário público". A gente sabe que, quer os membros do governo, quer os seus assessores e os seus sábios, não apreciam misturar-se com as porteiras das escolas secundárias ou com os coveiros municipais. A designação de "funcionário" ou de "servidor do Estado" arrepia estas almas democráticas. Vai daí, lança-se um anátema geral, sabendo de antemão o governo que, dado o Estado napoleónico em que sempre vivemos, se o "funcionário" e respectiva família se irritarem muito, na altura certa não há votos para ninguém. Oxalá me engane, mas convém estar atento ao "discurso" da "central" sobre a administração pública mais perto de 2009. Setecentos e tal mil votos, fora as mulheres, os maridos, os avós, os pais, os filhos, os netos, os amantes e as amantes, podem dar cabo de uma maioria absoluta. Pelo andar da carruagem, não se perdia grande coisa.

NÃO HÁ PACHORRA

João Gonçalves 25 Set 06

Dois conhecidos "reformadores" da Educação do Portugal "democrático", os drs. Marçal Grilo e Roberto Carneiro, encontraram-se para explicar ao país que, afinal, do que a Educação menos precisa é de mais "reformas". É o mesmo que pedir a incendiários que expliquem como é que se combatem os fogos. Não há pachorra.

HABLA CON NOSOTROS

João Gonçalves 25 Set 06


O homem devia dizer isto mais vezes para si próprio. Em português. E para nós.

ARGOLAS E ALGÁLIAS

João Gonçalves 25 Set 06

Paulo: eu acrescentaria o dr. Pinho. Não por falar de mais, nem por se meter em apuros. Apenas porque é incompreensível e irrelevante. Lembrava a alguém "meter" na conversa dos investimentos que ele diz que arranja todos os dias, os 212 km/h? Correia de Campos é outro caso. É, digamos assim, um caso de senilidade política precoce. Quer o SNS e o seu contrário, o contrário e o SNS. É simultaneamente "liberal" e "socialista". Parece, pelos sorrisos, que aprecia brincar com a saúde. Ora sempre me ensinaram que, se há coisa com que não se deve brincar, é com a saúde. Não vai acabar bem.

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