A horrorosa "associação portuguesa das famílias numerosas" - cujos membros têm direito a uma "reportagem" semanal no suplemento Tabu do Sol - quer a cabeça de Correia de Campos por ele defender a despenalização do aborto. Ligam isto à "taxa de natalidade" (já de si diminuta e a descer se a interrupção voluntária da gravidez for para a frente, dizem eles), insistindo que o ministro não quer que a referida taxa desça, antes prefere que a do aborto aumente. Com o devido respeito, que é nenhum, a "associação" não tem razão a não ser quando afirma que o ministro tem "falta de senso". Ele terá, de facto, mas não é por isto. Ao falar na realização da IVG nos hospitais públicos, o ministro limita-se a dizer que a lei a permite em três casos perfeitamente identificados mas que, quer médicos, quer enfermeiros, quer as condições objectivas de funcionamento do SNS, não a cumprem, depois de ter sido alterada há mais de vinte anos. Também pesa a "vergonha" cultural e social de recorrer ao hospital público. Por isso, quem pode dá um salto até aqui ao lado ou a uma choruda "privada", e quem não pode - outro tipo de "famílias numerosas" que não cabe no corpo de "betinhos" da APFN - recorre a um expediente mais fácil e inseguro. Se os "activistas" pró-aborto - tipo "não te prives" e agremiações folclóricas congéneres - acham que a despenalização total da IVG altera este estado de coisas, estão muito enganados. Dito de outra forma, a IVG é, há anos, facultada no SNS que, por inexplicáveis "razões de Estado", jamais viu cumprir-se a lei. Sou contra a utilização da IVG como meio anti-concepcional, porém sou favorável ao cumprimento da lei. Da que existe e não da que as "associações" - as "pró" e as "contra" - queriam que existisse.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...