O "cluster eólico" - utilizo o termo do "plano tecnológico" - foi prejudicado no seu imparável caminho de sucesso porque a Iberdrola interpôs um recurso hierárquico da decisão da comissão que trata do assunto, a qual escolheu as propostas da GALP e da EDP. Apesar de andarem todos mais ou menos misturados- saem de um lado, entram no outro e, quando são ministros, nomeiam "gestores" que já foram ministros e vice-versa -, na Iberdrola ("ramo" português") manda o dr. Pina Moura. O dr. Pina Moura é, para além disso, deputado do PS e membro da linha "socrática" em vigor, apesar de, muito antes disso, ser o único membro da sua própria "linha". Como tal, o irrelevante dr. Manuel Pinho deve suscitar-lhe o maior dos ascos. E, nada melhor que a sua Iberdrola, para o exibir. Pina Moura é um profissional. Foi-o anos a fio no PC e na "linha dura", como não podia deixar de ser. Consta até que Cunhal acarinhava vagamente a ideia de ver Pina Moura a empunhar cada vez mais alto a "rubra bandeira". Naquele congresso extraordinário da Amadora, de 1986, em que Cunhal pediu aos comunistas para taparem a cara de Soares e votarem nele, lá se vê o camarada Moura de volta de uns papéis, na primeira fila, a votar de braço no ar. Logo de seguida, e enquanto o Muro de Berlim caía e não caía, uma rapaziada mais "aburguesada" foi-se aproximando do PS, à excepção da Zita Seabra que fez um "salto mortal" directo ao PSD. Uns foram saindo em grupelhos inócuos, outros saíram sozinhos e quase todos foram expulsos. O PS abocanhou a maioria. E Pina Moura, com o traquejo estalinista de anos feito, abocanhou, assim que pôde, o católico Guterres de cujo lado direito não abdicou até o ver em S. Bento. Conta-se que era o último a sair do Rato e o primeiro a aparecer no dia seguinte, quando não ficava por lá. Foi o tempo do velho profissional se transformar no "cardeal". Como era de prever, esteve nos governos do referido engenheiro. Acabou a acumular duas pastas - as Finanças e a Economia - até ao dia em que Guterres o "entalou" no Parlamento, jurando que não ia aumentar a gasolina. Ele e a sua amiga Manuela Arcanjo perceberam rapidamente que o barco estava prestes a afundar-se. Nem um, nem a outra estavam lá quando Guterres se descobriu no "pântano". Com os "conhecimentos" adquiridos nas pastas que ocupou, Pina Moura tratou, naturalmente, da vida dele. Depois de comunista, socialista e quase religioso - coisa que, na verdade, nunca deixou de ser -, o profissional apareceu como empresário. Criaturas como Mexia e outras do mesmo género que navegam nas empresas energéticas, são um produto da fina inteligência do delfim do dr. Cunhal. Pina Moura, às tantas, era o "bloco central" personificado para estas áreas interessantes de acompanhar à distância. Era e é. A via espanhola evidencia uma ambição desmesurada. Ao pé de Pina Moura, o dr. Pinho é um menino de coro que nem sequer sabe cantar. Devia aprender a não se meter com profissionais.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...