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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

SÉGOLÉNE DRAGO MONTEIRO

João Gonçalves 27 Ago 06


Grande perfil de Mme. Ségólene pelo João Villalobos. Saberá ela onde fica Vila Praia de Âncora? Na dúvida, sou "mais" Sarkozy.

FRACTURAS

João Gonçalves 27 Ago 06


O prof. Marcelo, no assunto "Cintra Torres" versus RTP, defendeu a "honra da casa". Outra coisa não seria de esperar de um seu avençado. Já quanto às telenovelas da TVI e da SIC, respectivamente Morangos com Açúcar e Floribella (sim, pelos vistos é um "tema"), Marcelo apelidou a primeira de "fracturante", dirigida a "crianças adolescentes" e da SIC é um "conto de fadas" (Teresa Guilherme dixit), "transversal" em matéria de público-alvo. Da Floribella, pouco posso dizer, como já referi. Os Morangos - que já vão na quarta ou quinta "série" - não me parece que sejam exactamente "fracturantes". A emergência de uma lésbica "surfista" numa das séries, rapidamente despachada com outra para águas mais quentinhas, casais divorciados ou "amantizados" com filhos "problemáticos", a droga, o sexo, com ou sem preservativo, ou uma "troca de identidade sexual" por causa do "amor", não constituem uma "fractura" em 2006. No princípio dos anos oitenta, já Dustin Hoffman, num filme notável intitulado Tootsie, encarnava o papel de um homem apaixonado que, para chegar à amada, fez-se passar por dama. E, mais recentemente, Robin Williams também se "transformou" numa fantástica Mrs. Doubtfire, "perceptora" dos seus próprios filhos, por causa do referido amor, aqui paternal. Em Morangos com Açúcar é ao contrário: há uma menina apaixonada por um menino que se veste de menino por causa de qualquer peripécia da história, tendo a menina/menino beijado o menino que ficou constrangido em matéria de identidade sexual porque estava a sentir "qualquer coisa" pelo menino/menina. Está-se mesmo a ver como acaba. Já que nenhum dos actores tem o mínimo de densidade, digamos, "psicológica", a coisa de "fracturante" tem muito pouco. Talvez fizesse bem a Marcelo ver algo mais hard nesta matéria, porventura na própria TVI, onde, noutra telenovela, um "escort" que se paga caro, faz "serventia de cama" a ambos os membros de um casal. Par delicatesse, é o que se pode arranjar.

FONTES - 2

João Gonçalves 27 Ago 06

No fim da crónica de hoje, no Público, Eduardo Cintra Torres - o "David" que desafiou o "Golias" RTP - escreve que recebeu um "amável" telefonema do chefe de gabinete do primeiro-ministro que lhe referiu que estas fontes eram "totalmente falsas". Lido de outra forma, chega-se a três conclusões. A primeira, é que houve fontes. A segunda, é que o chefe de gabinete as conhece. E a terceira, é que elas são mentirosas. Cintra Torres, nesta versão, terá elaborado sobre uma ficção. Sucede que tudo o que deu origem ao artigo da semana passada, aconteceu. Ou melhor, na RTP praticamente não aconteceu. Por conseguinte, com fontes ou sem elas, o problema subsiste. E, tanto quanto se sabe, o sr. Luís Marinho também.

REVISÃO DA MATÉRIA

João Gonçalves 27 Ago 06


Há para aí dois dias, o dr. Correia de Campos inspirou-me uma prosa. Sobre ela, Sofia Loureiro dos Santos escreveu o seguinte: "o "monstro" criado pelo "irresponsável" Arnault foi responsável apenas pela mais espectacular melhoria dos padrões de saúde em Portugal, até hoje, e por um dos melhores sistemas nacionais de saúde que existem. Para "monstro", não está nada mal!" Pela tarde adiante, estive a trocar "sms's" com um amigo meu cuja mãe foi forçada a recorrer ao serviço de urgências do Santa Maria, em Lisboa. A senhora entrou no hospital antes do meio-dia e saiu há minutos (escrevo às 20 horas de domingo, dia 27 de Agosto). Ou seja, permaneceu oito horas no hospital. Pelo meio, foi preciso recorrer a um "especialista". Informaram-na que o dito se encontrava no 6º piso, que fosse até lá e que "tocasse à campaínha". Tocou. Em vão. O referido especialista estava no piso de cima. Esperou por ele duas horas. E, isto - imagine a Sofia - acontece num dos "melhores sistemas nacionais de saúde que existem". O dr. Correia de Campos deve urgentemente fazer "a revisão da matéria" antes que a "matéria" se encarregue de o "rever" a ele.

UM AUTO DO GIL VICENTE

João Gonçalves 27 Ago 06

Há males que vêm por bem. Se não fosse a maneira circense como começou a "liga" e as outras divisões todas juntas, jamais teríamos tido a sublime ocasião de conhecer o senhor da foto. Trata-se do "senhor presidente" do Gil Vicente, o clube que alberga um tal Mateus que deu fogo à peça. Houve tempos em que o final de Agosto era marcado pelos toiros de morte em Barrancos. As televisões não saíam de lá à espera que a lei não fosse cumprida, que a GNR assobiasse para o ar e que os autóctones arrotassem a couratos e a cerveja para cima das câmaras. Resolvido o problema a favor da "tradição", restam estas pequenas touradas com estes pequenos bandarilheiros. Ao menos este tem graça, apesar de, à semelhança de todos os outros, se levar a sério.

O DESERTO REVISITADO

João Gonçalves 27 Ago 06


Amanhã, o Presidente da República, já devidamente liberto da colheita de figos, promove um momento grave em Belém. Reúnem-se ele, o primeiro-ministro e o chefe militar das tropas para decidirem da presença lusa na UNIFIL. Como se sabe, a coisa balança entre uma (uma...) fragata, uma companhia "motorizada" e, inevitavelmente, o nada. Aparecerão os habituais discursos da "necessidade da presença portuguesa", da "participação nos compromissos da União Europeia" e, se for caso disso, a própria batalha de Alcácer Quibir. De repente, as luminárias especializadas descobriram que a nossa "vocação", afinal, não é o centro da Europa, mas o Magreb e o Médio Oriente. Timor fica por conta de Nossa Senhora de Fátima e da dra. Ana Gomes. Há dias, o dr. Severiano Teixeira, cheio daquilo que ele tem de melhor, prosápia, indicava quatro "pressupostos" para o envio de portugueses para o Líbano. Ninguém, imagino, reteve nenhum. Cavaco devia colocar um ponto final nestas fantasias. Não é por estarmos aqui ou ali - ou a fingir, como em Timor - que passamos da cepa torta ou adquirimos "importância". No Líbano, como em geral em todo o Médio Oriente, a coisa é mesmo a sério. Ninguém vai lá estar em nome de qualquer solidariedade atípica e, muito menos, por consideração pelo sr. Annan. O "maria-vai-com-as-outras" meramente simbólico que se anuncia, custa dinheiro e, no contexto, não vale um tostão. Na hora da verdade, quem é que se vai lembrar da pátria que já foi de um rei que se perdeu - e nos perdeu - no deserto?

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