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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

ASFIXIA

João Gonçalves 7 Ago 06


Não fumo. Tenho, aliás, uma relação desgraçada com os cigarros e, especialmente, com os charutos. Não gosto que fumem para cima de mim quando estou a comer. E convivi em casa, infelizmente, com a consequência de dezenas e dezenas de anos de cigarro após cigarro. Dito isto, parece-me aparentada com uma atitude reaccionária a imposição de não fumar para ser admitido num emprego. Esta proibição conta com o beneplácito da Comissão Europeia - que tem "directivas" para tudo - e a aquiescência indirecta do bizarro dr. Correia de Campos que pastoreia a nossa saúde e que tenciona vetar os fumadores em todos os lados. Por natureza, embirro com a invasão da privacidade. Não simpatizo com a ideia de "normalizar" os costumes que, saudavelmente, não podem ser normalizados. Mais dia, menos dia, a Comissão há-de lembrar-se de outras "directivas", seja para fazer amor ou para explicar como se deve estender a roupa. Este lado da "europa comunitária" é insuportável. Falta liberdade às "liberdades" consagradas nos tratados. Esta burocracia imbecil asfixia mais do que um pacote de cigarros.

FEIOS, PORCOS E MAUS

João Gonçalves 7 Ago 06

Partes do país - quase sempre as mesmas - ardem impiedosamente. Para além do calor, do vento e das condições "no terreno", há outros "factores" a ter em conta, designadamente a ignorância, a porcaria e o desleixo. As pessoas deitam tudo para o mato e não tratam do que está perto de si. São feios, porcos e maus.

A PARIDADE OUTORGADA

João Gonçalves 7 Ago 06

A estúpida "lei da paridade" foi promulgada pelo Presidente da República. As senhoras que se dedicam à política já se devem sentir mais "à vontade", cada uma na sua "quotazinha" outorgada pelos colegas machos. À força de se querer armar em "progressista", o regime deu um pontapé em si mesmo. Duvido que qualquer mulher que se preze se sinta bem e "emancipada" politicamente com esta hipocrisia legal. Há mil maneiras de "discriminar". Esta é uma delas.

O "ERRO ADMINISTRATIVO"

João Gonçalves 7 Ago 06

As ossadas do Fundador continuam a dar "água pela barba". Lembro-me de um professor de direito administrativo - Rui Machete - que, nas "orais", costumava perguntar se um sinal de trânsito era um acto administrativo. Eis que, séculos passados, Afonso Henriques dá lugar ao "erro administrativo". Por causa deste, segundo o IPPAR após aturada investigação, a devassa a realizar à sepultura ilustre, não pôde verificar-se. Aparentemente o "erro" começou na delegação de Coimbra do IPPAR, prolongou-se até Lisboa e acabou com a não autorização da ministra da Cultura para a profanação intelectual do túmulo. Esta peripécia é bem elucidativa de como a "simplificação" administrativa anunciada solenemente através de exibições várias em powerpoint não avançou grande coisa desde os tempos da fundação da pátria. Não há cantinho burocrático que não se leve a sério, não há dirigente minúsculo que não vomite importância. O resultado é, invariavelmente, o "erro administrativo". Também por causa dele, os museus não conseguem segregar as receitas provenientes do turismo das "internas". É tudo "por alto", a "olhometro". O dr. Pinho, com a sua conhecida lucidez, anda a estudar a maneira de a economia evidenciar as receitas do chamado - péssima terminologia - turismo cultural. E por falar em turismo cultural, é essencialmente por causa da "educação" e da "cultura" que Sócrates está no Brasil. Talvez tenhamos qualquer coisa a aprender, nessa matéria, com a nossa ex-colónia, e ela, com as nossas trapalhadas. Em caso de dúvida, lava-se a cara - como é uso nestas viagens - com uma exposição, um "comissário" para a exposição e a assinatura sorridente de uns "acordos". O pior é quando tudo, mais tarde ou mais cedo, esbarra no "erro administrativo". Um dia, quem sabe, quando se perceber que o "erro administrativo" reside na própria existência do "ministério da Cultura", pode ser que as coisas mudem de figura. Um ministério em que nem sequer há dinheiro para fazer andar os elevadores da respectiva secretaria-geral, para que é que serve?

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