Um pouco por todo o lado, o "recalcado" avança. No Iraque, o comandante das tropas americanas já avisou que aquilo caminha para a guerra civil a passos largos. O barbudo do Hezbollah, mesmo com as "destruições" anunciadas por Israel, continua a mostrar que está bem activo. No Afeganistão, a NATO foi atacada. Não tarda nada e já passou um mês sobre a actividade dita de "recuperação" dos dois soldados israelitas sequestrados pelo Hezbollah. É o que se vê. Uns dias Israel fala em "destruir" o Hezbollah, noutros em "contê-lo". Isto é, o poderoso exército israelita aparentemente não consegue dar conta da guerrilha terrorista e prossegue, no Líbano, à redução cega do país do Cedro a escombros. O soba iraniano, que tem a virtude de ser muito "directo", não pôde ser mais claro em relação a Israel numa "cimeira" de países islâmicos. O desgaste israelita é o que mais interessa ao "recalcado". Bush, cronicamente obtuso, deixa-os continuar a atear a fogueira onde eventualmente podem acabar todos chamuscados. O pálido Blair anda para aí cheio de ideias para esconder o estado de descrédito a que chegou. Tudo visto e ponderado, como a Europa do dr. Barroso e do sr. Solana só existe nas suas excelsas cabeças e a ONU faz figura de corpo presente, pode ser que o famoso "triunfo do recalcado", de há muito anunciado, esteja mais próximo do que se imagina.