A generalidade dos "comentários" feitos
neste post encontra a devida resposta
aqui. Há um, porém, que merece mais atenção e que termina num "até lá", um "lá" a que eu não faço tenções de assistir. Não tenho a certeza que o acervo Berardo esteja assim tão nutrido de "obras capitais da humanidade", da mesma forma que ainda menos certezas tenho acerca desse conceito. É claro que a "colecção" de arte contemporànea do comendador interessa eventualmente ao país. Precisamente por isso, o país, através do Estado, deve acautelar esse interesse e não exactamente o do comendador. As "dúvidas" presidenciais e a própria intervenção directa do primeiro-ministro, depois das desconsiderações públicas que Berardo fez a Isabel Pires de Lima e, agora, a Cavaco, evidenciam que nem tudo foram, e são, rosas. Nestas coisas da "cultura" há sempre o pavor de se ser exigente para não passar por palonço ou "burocrata". Acontece que, na "balança Berardo/Estado", por mais voltas que se dê, existe um desequilíbrio que até um cego enxerga. Quanto ao mais, eu seria ainda mais radical. Toda a gente sabe que o país só funciona graças ao sistema bancário. Parasse ou falisse hoje todo ele, e a pátria afundava-se mais depressa que o Titanic, sem direito sequer a orquestra . As "empresas" e os "investimentos" com que sonha o dr. Pinho, vivem de quê? E as "famílias"? E também funciona porque existe uma criatura chamada Belmiro de Azevedo que, felizmente, aparece um pouco por todo o lado. Ou seja, se pudéssemos prescindir do sufrágio universal, entregava-se o país ao dr. Teixeira Pinto e acólitos, ao engº Belmiro e ao comendador Berardo. Belmiro e Teixeira Pinto encarregavam-se da economia, com a vantagem deste último poder também tratar da "cultura" através do mecenato. O comendador - menos dado ao mecenato e mais a si próprio - podia perfeitamente acumular as "artes" com a agricultura - a pouca e miserável que resta -, depois da sua recente inclinação vinícola. Acabava-se, de vez, para bem dele, com o ministério da Cultura e com uns quantos outros. Assim, e por fim, o país ficava entregue a quem efectivamente manda.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...