Apesar de ser para isso que vota nas eleições legislativas, nunca me passou pela cabeça eleger "deputados". Desde 1979, primeira vez em que votei, escolhi sempre candidatos a chefes de governo e governos. Sá Carneiro, Mota Pinto, Cavaco, Fernando Nogueira, Barroso e, agora, Sócrates justificaram o meu voto e jamais o sr. Asdrúbal ou a D. Ermenegilda do remoto quadragésimo lugar da lista. Dito isto, não tenho a mínima consideração pela "representação nacional" que se arrasta pelas cadeiras de São Bento. O último dia da sessão legislativa, confirmou-me nas minhas certezas supostamente "reaccionárias". Qual feira do Relógio ou de Carcavelos, consoante a bancada, a deputação - pior que as antecedentes - zurziu metodicamente na ministra da Educação, escolhendo para o efeito do pior que lá tinha. O PSD pôs a palrar o sr. Pedro Duarte, uma miniatura de típico cacique partidário, nado e criado na nefasta JSD, que pretendeu dar "lições" a Maria de Lurdes Rodrigues. O PC recorreu à sra. D. Mesquita, uma estalinista histriónica, que primou pela "delicadeza" e pelo "bom-gosto". O BE e o PP usaram o que tinham disponível na altura, duas esquecíveis nulidades, uma das quais já dera provas num governo. O PS, incomodado, limitou-se a defender timidamente uma dama que não é sua. Não reconheço a um Parlamento tão pindérico e tão politicamente medíocre um pingo de autoridade para criticar, da maneira "peixaral" como o fez, a ministra da Educação. Já se percebeu que Lurdes Rodrigues está para abate. A ministra pôs-se ligeiramente a jeito com os secretários de Estado que lhe deram - um, em especial, o sr. Lemos - e com a "brecha" que abriu na sua "fortaleza" com a história da Química e da Física. Todavia nada disso justifica este "vento de verão" que começa a correr contra ela. O ministério a que preside devia ser implodido e dar lugar a outra coisa. Como o regime é o que é, prefere ir "queimando" em lume brandinho quem lá passa a extirpar verdadeiramente o monstro. Nestas coisas, estou sempre com quem se quer fazer cair à força e à conta do "deixa-estar-como-está-para-ver-como-fica", na expressão do saudoso Ruben A. Nunca a sinistra FENPROF teve tantos aliados. E insuspeitos. Se Sócrates lhes oferecer a cabeça da ministra numa bandeja, quando lá tem Pinhos e Linos à farta para exportar, então é sinal de que, como tantos outros, é um mero "tigre de papel".
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...