Ouço na rádio, logo pela "fresquinha", um juíz de tribunal de família comentar o início do julgamento das treze "crianças" que executaram friamente um sem-abrigo do Porto, a ou o tal que nunca teve direito a um rosto. O referido juíz falava acerca da circunstância de o julgamento não ser público. Perorou sobre as "crianças" e sobre os "prejuízos incalculáveis" (sic) que a "exposição pública" das ditas poderia trazer aos pobres quando crescerem. Para suavizar os "traumas" previsíveis das "crianças" entre os doze e os dezasseis anos, o "colectivo" é constituído por um juíz - supôe-se que a sério - e por dois "juízes sociais". Este assistencialismo insuportável e politicamente correcto impede, para não chocar a nossa hipócrita sociedade, que se dê o nome à coisa, tal como nunca se deu um rosto à vítima. As "crianças" vão acusadas de tortura, homicídio e ocultação de cadáver. Que eu saiba - e onde me ensinaram direito e outras coisas porventura ainda mais úteis para a minha vida - , estes, sim, constituem "prejuízos incalculáveis". O criancismo institucional e cínico deve parar à porta da evidência. Estes miseráveis não são crianças. São monstros em potência, meros criminosos comuns.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...