É extraordinário que o tema "bola" tenha suscitado tanto interesse num blogue - este - que lhe é totalmente estranho. Nem na campanha presidencial de Janeiro último houve tantas "visitas" e tantos "comentários". A chamada "psicanálise mítica do destino português", de que falava Eduardo Lourenço, pode ser encontrada, no século XXI (apenas trinta e poucos anos depois do "25 de Abril"), no futebol e na sua aparente "magia" redentora. Nos idos de 1977, quando só existia a RTP a preto-e-branco, o país "parava" para ver passar Gabriela, a de Jorge Amado, encarnada por Sónia Braga. Agora, no espaço de apenas dois anos, o futebol caiu-nos em cima como uma praga salvífica e efémera por contraste com a durável e inerme mediocridade geral. Daqui a uma, duas semanas, já ninguém se lembrará de nada. Nem eu, se Deus quiser. O país, esse pobre diabo, liberto desta farsa patrioteira, olhará então para o seu umbigo - nessa altura, a banhos - e constatará, incrédulo, que se encontra rigorosamente no mesmo sítio onde estava antes dos golos. Ou seja, no mesmo buraco que, por breves instantes, os holofotes dos estádios da Alemanha ilusoriamente taparam.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...