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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

EUROPA DE QUÊ?

João Gonçalves 20 Jun 06


Sobre a Europa dos "projectos e dos resultados", tão cara ao extraordinário dr. Durão Barroso, e sobre o último "conselho europeu", duas excelentes prosas. A de Medeiros Ferreira, no Diário de Notícias, e a de Teresa de Sousa, no Público, sem link. "A Europa dos "projectos" e dos "resultados" precisa de uma visão comum, de ideias claras e de lideranças fortes. Não é uma receita alternativa. Pode ser apenas uma tentativa patética de evitar uma crise ainda maior, mantendo a Europa em aparente movimento". Curiosamente, a Espanha, pela mão do Rei, entregou a Helmut Kohl o Prémio Carlos V. Lembrar Kohl realça ainda mais a insignificância dos actuais dirigentes europeus. Paciência. É o que há.

O COZINHEIRO

João Gonçalves 20 Jun 06


"Mais um bom trabalho de Pinamonti um dos maiores cozinheiros de omeletes sem ovos de que há memória..." Nunca me tinha passado pela cabeça tamanha "imagem". No entanto, faz algum sentido, sim senhor. Que não lhe faltem os ovos, sobretudo para Março.

A REALIDADE - 2

João Gonçalves 20 Jun 06

O João Villalobos, saudoso "companheiro" de outras "guerras", interpela-me por causa disto. Apenas duas ou três observações. Nunca me passou pela cabeça que Cavaco Silva fosse "o paladino da oposição". Estou-me nas tintas para a "oposição". Pelo contrário, sempre escrevi que era a melhor escolha para evitar a quase inevitável degradação do regime e que, nem que fosse pelo "feitio", se entenderia melhor com Sócrates do que, por exemplo, o indisciplinado Mário Soares. Daí a ser um mero ersatz do governo é que vai, naturalmente, um passo. O governo já tem quem lhe trate da propaganda, não precisa do Chefe do Estado. Depois o João está absolutamente equivocado. Cavaco é um político que, no desempenho desta função, tem de ser forçosamente "profissional" e jamais "apolítico". Não existe, aliás, cargo mais político do que o que ele exerce. Se se lhe tirar a "política", não sobra nada. Apartidário, sê-lo-á sempre. Jamais intrigará com o seu partido de origem para derrubar quem quer que seja. O que tiver que cair, cairá por si ou não cairá. E, se isso acontecer, o Presidente certamente aparecerá. Para isso não precisa de apoiar este ou aquele membro do executivo ou "lançar indirectas". Basta-lhe falar a bom recato com o primeiro-ministro, sem microfones ansiosos. O que é preciso é que o Presidente, sempre que a realidade lhe bater à porta, a deixe entrar.

UM PORTUGUÊS SUAVE

João Gonçalves 20 Jun 06


O ministro da Saúde é um reputado "especialista" do sector. Todavia, os seus conhecimentos "técnicos" não são devidamente acompanhados de idêntica perícia política. Correia de Campos é um híbrido entre o profeta Arnaut - o homem do SNS da "revolução" e do PS- e um recém convertido "liberal" sem a fundamentação teórica do liberalismo que, aliás, entre nós fica-se sempre pela melíflua palavra. O resultado, por consequência, padece do mesmo hibridismo de que sofre o ministro. Desconfio dos "observatórios", sobretudo daquele eterno da Justiça, do prof. Boaventura. Acontece que o da saúde veio agora discutir, não tanto a bondade das medidas do ministro, mas antes o método e as respectivas sequelas. Como não há, entre nós, grande tradição em matéria de avaliação de programas, o ministro acusou imediatamente o "seu" observatório de "falta de rigor e de credibilidade". Correia de Campos gosta de "disparar" tiros de pólvora seca e, no caso do fumo, de seguir uma modinha reaccionária. Digo isto perfeitamente à vontade, já que não fumo nem aprecio ambientes "pesados". Da mesma maneira que não aprecio o "estilo" pesporrente e inconclusivo do ministro. Mais dia, menos dia, dará um daqueles tiros no seu próprio pé. Que não lhe doam as mãos.

O PROVEDOR

João Gonçalves 20 Jun 06

Por amor de Deus, não vá por . Então o "simplex" para é que serve?

A REALIDADE

João Gonçalves 20 Jun 06

Ler, do Paulo Gorjão, "Mais do mesmo?". Creio que, quer o Paulo, quer eu próprio, somos insuspeitos. Votámos Cavaco. Por isso estou - estamos - à vontade. A ideia de "roteiros" temáticos de um, dois ou três dias é pura espuma. Não deixa rasto. Experimente-se perguntar aos visitados do "roteiro para a inclusão" o que é que ficou, para além das imagens e de uns textos inócuos nos jornais. Nada. Só na cabeça delirante de Marcelo Rebelo de Sousa, a partir de Alemanha, é que o "roteiro para a inclusão" foi um sucesso. O da "ciência" vai pelo mesmo caminho, como irá de seguida o das "mulheres e da violência doméstica". Não sei quem é que anda a aconselhar o Presidente nisto. Uma "presidência aberta", ou qualquer coisa do género, é algo que deve ser amadurecido, preparado com tempo e ter um propósito político concreto. Não é exactamente uma "mostra presidencial". Que o PR está vivo e bem vivo, graças a Deus, já sabíamos. O país não precisa dele para "olhar para o boneco" nem para proferir umas banalidades de que amanhã já ninguém se lembra. Por debaixo da poeira enfeitada para o retrato, há uma realidade que persiste. Cavaco certamente não quer deixar Belém com essa realidade na mesma, uma vez varrida a poeira para debaixo do tapete. Para isso já temos os governos. Este ou outro qualquer.

ENERGIA POSITIVA

João Gonçalves 20 Jun 06


Nova insónia. O "caminhante solitário" e o João Morgado Fernandes reproduzem uma fala do Presidente da República. "Espero que esta energia positiva [em torno do Mundial de Futebol] que se tem vindo a criar em Portugal de norte a sul também seja utilizada para o desenvolvimento do país, para a recuperação da nossa economia, para o aumento do bem-estar da nossa sociedade." Eis como uma volta por aqui basta para ter vontade de reforçar a dose habitual dos "falsos amigos" (haverá outros?) que são os comprimidos. "Energia positiva"? Pelo sim, pelo não, vou tomar mais meia-dose. Neste país só se está bem a dormir ou morto.

GRANDES FRASES

João Gonçalves 20 Jun 06


"Par délicatesse/J'ai perdu ma vie."

Jean-Arthur Rimbaud

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