Está quase a "fazer anos" a exportação do dr. Barroso para Bruxelas, uma daquelas "honras" nacionais que bem podíamos dispensar. Em dois anos o dr. Barroso conseguiu, pelo menos, elaborar o seu auto-retrato que é, afinal, o retrato actual da União Europeia. O presidente da Comissão fala em "crisofilia" quando ele, baço e indistinto, é o rosto burocrático e político da crise de que é capataz-mor. Para temperar este vazio, Barroso agarra-se a jargões tão divertidos como a "Europa dos projectos", conhecendo nós, por experiência própria, o talento do homem para os "projectos". Depois foi o fracasso da "constituição europeia", preparada nos gabinetes anódinos de Bruxelas, ao arrepio da vontade das cidadanias múltiplas da União. A cimeira da UE que decorre por estes dias encontra-a "paralisada", o que não é exactamente uma novidade. Na sua alegre inconsciência, o dr. Barroso e os líderes dos países que contam efectivamente na União, têm vindo, com método e persistência, a semear o desastre. Caladinhos, os países "do alargamento" crescem como melhor podem e sabem e, aos poucos, tornar-se-ão os melhores aliados do "eixo" França-Alemanha ou mesmo só desta. A periferia, a que nós orgulhosamente pertencemos e da qual emergiu o dr. Barroso, persistirá e agravar-se-á. Bem pode o dr. Pinho, com aquela carinha de banda desenhada, prometer investimentos estrangeiros que ninguém o ouve. Lá fora, o mundo inevitavelmente mexe-se. E quanto mais ele se mexe, mais nós perdemos. Haverá mais dramas como a Opel e outros, silenciosos e de menor dimensão, por esse país fora. A Europa não "cresce" na nossa direcção. Numa inglória corrida contra o tempo, resta-nos acolher os embates. O sorriso eternamente inexpressivo do dr. Barroso quer dizer isso mesmo. Aguentem-se.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...