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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

"FAZ PARTE DA DEMOCRACIA"

João Gonçalves 15 Jun 06


Ler "100 dias em Belém", no Tugir. "Mais tarde ou mais cedo haveria um inquilino, em Belém, de direita. Faz parte da democracia."

POEIRA LEVADA PELO VENTO

João Gonçalves 15 Jun 06


Uma forma de agradecer as mais do que amáveis palavras do Almocreve - parceiro silencioso no amor comum aos livros - é citar quem ele cita, Ramalho Ortigão:

"Não ser de nenhuma seita e de nenhum partido, de nenhum club, de nenhum grémio, de nenhum botequim e de nenhum estanco, não ter escola, nem irmandade, nem roda, nem correligionários, nem companheiros, nem mestres, nem discípulos, nem aderentes, nem sequazes, nem amigos, é possuir a liberdade, é ter por amante a rude musa aux fortes mamelles et aux durs appas, cujo beijo clandestino e ardente põe no coração a marca dos fortes, mas requeima nos beiços o riso dos desgraçados."

E, de caminho, generalizar fraternamente os agradecimentos a quem tem tido a paciência de ler e de comentar estes "pequeninos" que, na sua amargura por vezes luminosa, levam três anos de existência (em especial, os "colegas" Tugir, French kissin', Porque, Bomba Inteligente, Cão com Pulgas, Jumento, Minha Rica Casinha, Corta-Fitas , Eduardo Pitta, Filipe Nunes Vicente , Geração Rasca, Miss Pearls, Francisco José Viegas , Kultivo , Faccioso e peço desculpa se me escapa algum). Fica prometida para o Outono - se a tanto me ajudar a paciência e o Jorge Ferreira - a edição em livro, devidamente seleccionada e "arrumada", de alguns destes posts. Ela ainda não sabe, mas o prefácio será da Constança Cunha e Sá (ela sabe porquê). Até lá, "a poeira levada pelo vento" (J.M.Magalhães) continua.

AGUENTEM-SE

João Gonçalves 15 Jun 06


Está quase a "fazer anos" a exportação do dr. Barroso para Bruxelas, uma daquelas "honras" nacionais que bem podíamos dispensar. Em dois anos o dr. Barroso conseguiu, pelo menos, elaborar o seu auto-retrato que é, afinal, o retrato actual da União Europeia. O presidente da Comissão fala em "crisofilia" quando ele, baço e indistinto, é o rosto burocrático e político da crise de que é capataz-mor. Para temperar este vazio, Barroso agarra-se a jargões tão divertidos como a "Europa dos projectos", conhecendo nós, por experiência própria, o talento do homem para os "projectos". Depois foi o fracasso da "constituição europeia", preparada nos gabinetes anódinos de Bruxelas, ao arrepio da vontade das cidadanias múltiplas da União. A cimeira da UE que decorre por estes dias encontra-a "paralisada", o que não é exactamente uma novidade. Na sua alegre inconsciência, o dr. Barroso e os líderes dos países que contam efectivamente na União, têm vindo, com método e persistência, a semear o desastre. Caladinhos, os países "do alargamento" crescem como melhor podem e sabem e, aos poucos, tornar-se-ão os melhores aliados do "eixo" França-Alemanha ou mesmo só desta. A periferia, a que nós orgulhosamente pertencemos e da qual emergiu o dr. Barroso, persistirá e agravar-se-á. Bem pode o dr. Pinho, com aquela carinha de banda desenhada, prometer investimentos estrangeiros que ninguém o ouve. Lá fora, o mundo inevitavelmente mexe-se. E quanto mais ele se mexe, mais nós perdemos. Haverá mais dramas como a Opel e outros, silenciosos e de menor dimensão, por esse país fora. A Europa não "cresce" na nossa direcção. Numa inglória corrida contra o tempo, resta-nos acolher os embates. O sorriso eternamente inexpressivo do dr. Barroso quer dizer isso mesmo. Aguentem-se.

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