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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

"ENTERING INTO NOWHERE"

João Gonçalves 13 Jun 06


"Nothing could extinguish the vitality of that boy whose slender little torpedo of an unscathed body once rode the big Atlantic waves from a hundred yards out in the wild ocean all the way in to shore. Oh, the abandon of it, and the smell of the salt water and the scorching sun! Daylight, he thought, penetrating everywhere, day after summer day of that daylight blazing off a living sea, an optical treasure so vast and valuable that he could have been peering through the jeweler's loupe engraved with his father's initials at the perfect, priceless planet itself - at his home, the billion -, the trillion-, the quadrillion-carat planet Earth! He went under feeling far from felled, anything but doomed, eager yet again to be fulfilled, but nonetheless, he never woke up.(...) He was no more, freed from being, entering into nowhere without even knowing it."

Everyman, de Philip Roth

VALE A PENA?

João Gonçalves 13 Jun 06


Acabo de vir da Feira do Livro, da sua última e melancólica noite. Aprendi com André Malraux a apreciar a ideia do livro enquanto amigo certo e silencioso. Fez-me pena, apesar da vulgaridade do evento, ver aqueles pobres pavilhões praticamente desertos e as cadeiras vazias. No topo, reparei numa concentração mais numerosa. Seria, porventura, o café ou o auditório da Feira. Julguei que havia um "debate" ou uma treta do género. Puro engano. Uns passos mais adiante percebi que a concentração assistia entusiasmada a um jogo de futebol pela televisão. Vale a pena?

VARIAÇÕES

João Gonçalves 13 Jun 06


O Jorge Ferreira, na sua oportuna coluna diária "ao longo dos tempos", lembra o desaparecimento prematuro de António Variações, a 13 de Junho de 1984. Não só do talento do músico, mas igualmente do letrista/poeta que, na realidade, Variações era. Cheguei a vê-lo a cortar cabelos no Frágil do Manuel Reis ou por lá a deambular sozinho. Era um iconoclasta que se enganou no sítio onde lhe calhou cantar e morrer.

diz-me que solidão é essa
que te põe a falar sozinho
diz-me que conversa
estás a ter contigo

diz-me que desprezo é esse
que não olhas para quem quer que seja
ou pensas que não existe
ninguém que te veja

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
de vida vazia

diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos

lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente

mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar
mas eu estou sempre ausente
e não me conseguem alcançar

LER OUTROS

João Gonçalves 13 Jun 06


No Crítico, a transcrição da entrevista realizada por Henrique Silveira a Emilio Pomàrico, o maestro que dirigiu O Ouro do Reno em São Carlos.
Ler, no Bloguítica, "Não exprimiu opinião? Tem a certeza?". Sem querer - percebeu-o mais adiante quando falou no papel do primeiro-ministro -, Cavaco pôs-se ao lado dos "betinhos" da CAP contra Jaime Silva. Há dias tinha-se posto ao lado de Luís Amado, da Defesa. O PR tem de ter as mãos livres para, sendo caso disso, sugerir ao chefe do governo alterações no governo quando se verificarem situações insustentáveis. Lembro o que Sampaio fez com Vara e Luís Patrão, no tempo de Guterres, aquando do episódio "fundação para a prevenção e segurança". Os ministros acompanham o PR. Não é o PR que acompanha os ministros.

PORTUGAL VIRTUAL

João Gonçalves 13 Jun 06

"5 milhões de portugueses em risco de perder nacionalidade"

"Juízes recusam nacionalidade a quem não sabe o hino»
(...) não consegue precisar os actuais intervenientes da vida política, tendo até dificuldade em situar os actores, nos respectivos partidos (...)» (Público)"

Gabriel Silva, in Blasfémias e André Moura e Cunha, in Porque

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