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"Os tempos são ligeiros e nós pesados porque nos sobram recordações". Agustina Bessa-Luís
João Gonçalves 29 Abr 06
João Gonçalves 29 Abr 06
Depois das guerras, da celebridade, da aventura, dos touros, de Cuba, de África, de Paris, das caçadas, do álcool e da depressão, Hemingway estava, como alguém num dos seus contos, "desesperado". Refugiou-se numa casa discreta no Idaho. A mulher apanhou-o várias vezes empunhando uma espingarda para se suicidar, um instrumento com que conviveu bem toda a vida. Para o fim, Hemingway já não convivia sequer com ele próprio. Não conseguia escrever o que, traduzido à letra, correspondia a não conseguir viver. Como Santiago, de O Velho e o Mar, não fora feito para a derrota. Num domingo de manhã, saiu do quarto discretamente enquanto a mulher dormia, desceu as escadas e abriu um armário onde guardava as suas armas. Tirou uma espingarda de dois canos. Meteu-a na boca e premiu o gatilho. "Um homem pode ser destruído, mas não derrotado".João Gonçalves 29 Abr 06
João Gonçalves 29 Abr 06
Já existe uma inevitável comissão para tratar do PNAI. O PNAI é o "plano nacional de acção para a inclusão" - pode adicionar-se ao breviário de siglas do governo - a que Cavaco Silva, no âmbito da "cooperação estratégica", aludiu no discurso do 25 de Abril. A comissão já tem uma presidente e será provida com dezasseis (16...) criaturas oriundas das mais diversas entidadas ligadas à "problemática da exclusão social". Por outro lado, fica-se a saber que o próprio PR possui o seu "roteiro para a inclusão" no qual participará a primeira-dama. Ou seja, os indigentes, com ou sem abrigo, os velhinhos, as mulheres humilhadas e as criancinhas abandonadas, todos conhecidos pelo jargão assistencialista de "mais desprotegidos", têm garantido, desde já, um batalhão de técnicos, de burocratas, de comentadores e de políticos, encimados pelo "alto patrocínio" de Belém, para velar por eles. O pior é se o "roteiro", o PNAI e a piedade de circunstância deixam tudo mais ou menos na mesma, depois de produzidos os indispensáveis relatórios e consumadas as "visitas" caritativas e mediáticas aos abismos destas vidas. É que os "excluídos", ao contrário dos que andam à tona, não têm sequer voz para protestar ou reclamar "direitos". Todavia, quem é que não gosta de exibir um pobrezinho na lapela?João Gonçalves 29 Abr 06
O presidente da Comissão Europeia, o nosso dr. Barroso, promoveu um "seminário" com todos os membros da dita Comissão. Após o falhanço manifesto da "constituição europeia", a Europa burocrática procura novas linhas para se coser. Barroso falou de uma "agenda europeia positiva" e de uma "Europa dos resultados" provavelmente porque tinha de dizer alguma coisa. Muito bem. A questão, porém, não é essa. É antes saber-se se "agenda europeia positiva" e "Europa dos resultados" querem efectivamente dizer dizer alguma coisa. Ou se não são mais duas construções vazias e inconsequentes para uma Europa cada vez mais desencontrada consigo própria e entregue ao cinzento de Bruxelas.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...