Parece que ocorreu mais uma inauguração de uma estrada. Cavaco foi zurzido a torto e a direito, convém rememorar, por ter tido a ousadia de fazer em meia dúzia de anos o que não tinha sido feito em décadas: dotar o país com um módico de auto-estradas que o aproximasse vagamente de si próprio e da Europa. Depois dele, nenhum governo prescindiu dos seus metros ou quilómetros de estradas e de auto-estradas. Desta vez calhou numa zona onde manda a D. Fátima Felgueiras, essa ilustre refractária à justiça e ao PS. Nenhuma destas duas circunstâncias tem impedido a D. Fátima de fazer o que bem lhe apetece, incluindo ganhar eleições contra o seu ex-partido e dizer ao tribunal, sem se rir, que se "esqueceu" do passaporte no Brasil. Esta inauguração teve, por assim dizer, o "picante" de o primeiro-ministro e líder do PS se ter cruzado com a D. Fátima com quem trocou um amistoso e português beijinho. Esta cortesia mútua, acentuada depois por Felgueiras quando se referiu a "projectos" da autarquia que o governo tem apoiado, não traz nenhum mal ao mundo. Se retirarmos às peripécias da D. Fátima o seu fino recorte latino-americano, ficamos com mais uma "autarca-modelo", um daqueles e daquelas que certo país político não se cansa de parir e de "vender". O "processo" de Fátima Felgueiras nada tem de "kafkiano" e tem muito de Pedro Almodovar, por exemplo. Este país consente tudo e não se dá ao respeito. Não temos irremediavelmente vergonha.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...