João Gonçalves 13 Mar 06
De acordo com um relatório do ministério das Finanças, a economia paralela- ou seja, a trafulhice - ocupa cerca de 22% do PIB. Fosse ela taxada, como o comum dos mortais e das empresas que se dão ao luxo de pagar impostos, o famoso défice desapareceria imediatamente. Porém, para que a referida economia paralela continue próspera e feliz, é mais fácil ao Estado "atacar" quem já está previamente identificado. São sempre os mesmos que pagam a factura, os que não podem "fugir" ao "sistema". Ciente desta evidência, o ministério das Finanças, no citado documento, promete "lutar" contra a evasão fiscal, um eufemismo recorrente em todos os anos económicos e comum a qualquer governo. Para o efeito, o fisco propôe-se a extravagâncias deste género que normalmente não querem dizer nada: "uma maior moralização no campo fiscal, por via de um firme combate à evasão representa uma prioridade nacional cuja prossecução importa fixar metas sucessivas e consistentes, pondo fim a alterações intermitentes, avulsas e de maior ou menor complexidade". Importam-se de repetir? Mas há mais. Esta "luta" também pressupôe outras coisas, designadamente que ela seja encarada "como um processo contÃnuo", "alterado e adaptado", já que "se move num conjunto extenso e complexo de variáveis que constituem uma ameaça à eficiência do sistema fiscal em vigor". Perceberam alguma coisa? Ao lado disto, e muito naturalmente, a economia paralela continuará a rir-se.
Primeiro tem de me explicar o que é isso do “desta...
obviamente nao é culpa do autor ter sido escolhi...
Estou de acordo. Há questões em que cada macaco se...
Fui soldado PE 2 turno de 1986, estive na recruta ...
Então António de Araújo foi afastado do Expresso p...