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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

HEIDEGGER

João Gonçalves 8 Mar 06

Estava a ler no "hors-série" do Magazine Littéraire dedicado a Martin Heidegger que, por ocasião do seus oitenta anos, Hannah Arendt disse uma coisa certeira: que o pensamento de Heidegger contribuiu decisivamente para determinar a fisionomia do século XX. Eu, modestamente, considero-o "apenas" o melhor filósofo desse século inacabado.

O CARTÃO

João Gonçalves 8 Mar 06

Sobre o "cartão único" que aí vem, o fundamental já está dito por Vasco Pulido Valente aqui. Não vale a pena bater no ceguinho, apesar de haver por aí muito "modernaço" que deve achar esta "inovação" uma maravilha e um "progresso". "Portugal está cheio de liberais, mas de uma espécie rara que não se preocupa muito com a liberdade. Não vi um único sinal de incómodo com o chamado "cartão do cidadão", que o dr. António Costa se prepara para "experimentar" (?) até ao fim do ano. Esse cartão vai ser ao mesmo tempo cartão de contribuinte, cartão de saúde, cartão da segurança social, cartão de eleitor e bilhete de identidade. (...) Com o novo cartão, basta carregar em meia dúzia de botões e uma pessoa fica instantaneamente nua para exame e gozo da autoridade. De qualquer autoridade, reparem bem, na prática irresponsável e sem nome, que a decida investigar."

UM OUTRO DIA

João Gonçalves 8 Mar 06

Jorge Sampaio concedeu uma derradeira entrevista ao Diário de Notícias. Vale sobretudo pela "explicação" acerca das dissoluções, qualquer coisa que nitidamente o perturbou. E também vale pela melhor frase política lá produzida e que prova que Sampaio, quando quer, também sabe ser "político". "Foi um tempo de mudanças: os pais da pátria terminaram", diz Sampaio dos seus dez anos em Belém. Tem razão. Essencialmente por dois motivos. Por um lado, com a posse de Cavaco Silva inicia-se um ciclo presidencial diferente dos últimos trinta anos e do qual, pela primeira vez, o PS está ausente. Depois, porque a chegada a este ciclo correspondeu ao fim da mitologia "soarista" - pai, filho e adjacências - tal como a conhecíamos, obrigando o patriarca a redefinir a forma como daqui em diante se deverá dirigir ao país quando desejar intervir (e eu espero que o volte a fazer). Sampaio, se outros méritos não teve, tem pelo menos o da "dessacralização" dessa ideia anti-republicana do "pai da pátria". Amanhã é um outro dia.

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