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portugal dos pequeninos

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João Gonçalves 13 Fev 06

O Milagre de Fátima, de Constança Cunha e Sá. Civilizados e "europeus"? Como no "Pai Tirano", "nem me lo digas"

HOLZWEGE

João Gonçalves 13 Fev 06


Há pequenos sinais reveladores. Este fim de semana, estava eu encostado ao balcão do café da FNAC, olhando para lado nenhum, quando me fixei numa boa meia dúzia de televisões, tipo plasma, a funcionar adiante. Nelas tocava uma orquestra sinfónica - parecia um documentário sobre um ensaio- e, de repente, reparei no maestro. Era Valery Gergiev, seguramente um dos bons da actualidade , presentemente à frente da Orquestra Filarmónica de Roterdão. Naquele instante realizei como a minha vida mudou estupidamente em dois ou três anos. Partiu numa direcção inesperada, diria Marguerite Duras. Errada, acrescentaria eu. Conheci Gergiev na Ópera de Zurique, numa estreia de Benvenuto Cellini, de Berlioz, dirigida por John Eliot Gardiner. Fui ali tratar de pormenores relacionados com uma co-produção do Teatro Nacional de São Carlos com o Teatro Mariinski de S. Petersburgo, onde, salvo erro, Gergiev era director artístico. Agora Gergiev reapareceu-me num plasma, em Lisboa, lá onde ele nunca deixou de estar: no meio da música, à frente de uns solistas e de uma orquestra. Ao ver isso e acabando de beber o café, percebi que me tinha perdido no caminho.

PENSAMENTOS

João Gonçalves 13 Fev 06

Ouço um jogador da selecção nacional, Cristiano Ronaldo, a dizer qualquer coisa como "temos que pensar grande". Ele "pensa" com o quê?

BOA PERGUNTA

João Gonçalves 13 Fev 06

Aqui.

VENERAS

João Gonçalves 13 Fev 06


Jorge Sampaio está de saída. É bonzinho, em geral. Como "pessoa", digo eu. Todavia não é ainda hoje que me apetece escrever o seu epitáfio presidencial. Há dias, na TVI, o Miguel Sousa Tavares chamou a atenção para o facto de Sampaio andar a distribuir condecorações como caramelos, de tal maneira que alguém que passasse num perímetro de 50 metros ao redor do Palácio de Belém podia correr o risco de sair de lá condecorado. Os presidentes banalizaram as condecorações a um ponto tal que constitui verdadeiro motivo de distinção não exibir nenhuma. Calhou a vez - de passar pelo tal perímetro - ao director do Teatro Nacional de São Carlos, o dr. Paolo Pinamonti, e a Ana Lacerda, a "primeira bailarina" da Companhia Nacional de Bailado. Até ao fim, a outros há-de calhar. Só espero que Cavaco Silva modere esta "condecoratice" aguda e cortesã dos últimos anos. Fora isso, e como dizia o outro, o que é que uma venera interessa para a prova de Deus?

VELHAS E NOVAS AMEAÇAS

João Gonçalves 13 Fev 06


Há dias assim, de imensa felicidade por ser português. Então não é que o Estado, a partir de hoje, me imunizou definitivamente contra "agentes microbiológicos e tóxicos, passíveis de serem utilizados em ataques terroristas"? Esta maravilha técnico-política permite-me, no mínimo, reduzir para metade a dose de tranquilizantes e venerar, de novo e respeitosamente, a instituição militar. É dela que brota os - preparem-se - "Laboratórios de Defesa Biológica e de Bromatologia do Exército Português". Estas venerandas instituições, como o nome indica, vão proteger-nos de tudo o que é ataque terrorista na vertente das "bactérias, estirpes modificadas e micro-organismos que possam ser usados em ataques biológicos". Segundo o ministro da Defesa, as "novas ameaças que a sociedade portuguesa tem de enfrentar e para as quais o Estado tem de se preparar" justificam esta inauguração. Não sei se alguma vez os terroristas terão reparado em nós. Tenho sérias dúvidas e, nessa matéria, a Espanha está primeiro e muito longe. Nem creio que os micro-organismos se interessem sequer vagamente por isto. O ministro fala de "novas ameaças". Sim senhor, tem razão. Todavia, quem é que nos protege das "velhas" ameças, que é como quem diz, de nós mesmos?

A DÚVIDA METÓDICA

João Gonçalves 13 Fev 06


(cortesia dos
Manos Metralhas)

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João Gonçalves 13 Fev 06

"It's an odd thing to look back on the world, to watch those I left behind. Each in her own way so brave, so determined, and so very desperate. Desperate to venture out, but afraid of what she'll miss when she goes. Desperate to get everything she wants, even when she's not exactly sure of what that is. Desperate for life to be perfect again, although she realizes it never really was. Desperate for a better future, if she can find a way to escape her past. I not only watch, I cheer them on, these amazing women. I hope so much they'll find what they're looking for. But I know not all of them will. Sadly, that’s just not the way life works. Not everyone gets a happy ending."

É isso mesmo. Desesperadas e "condensadas" em dvd's, as "donas de casa" mais famosas do planeta, vieram parar-me às mãos. Da última vez que nos "encontrámos", a morta/narradora encerrava a 1ª série com estas "reflexões". Na realidade, não é bem assim que a vida funciona. Nem toda a gente tem finais felizes.


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