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portugal dos pequeninos

Um blog de João Gonçalves MENU

POR QUE É QUE NOS ESQUECEMOS DE JANE?

João Gonçalves 25 Jan 06


Por causa de um "trailer", fui reler "Orgulho e Preconceito". Nem que de propósito, pelo Francisco, encontro esta magnífica prosa sobre Jane Austen, de João Pereira Coutinho. Por que é que nos esquecemos de Jane? "Orgulho e Preconceito" é uma meditação brilhante sobre a forma como as primeiras impressões, as idéias apressadas que construímos sobre os outros, acabam, muitas vezes, por destruir as relações humanas. De igual forma, "Orgulho e Preconceito" não é, como centenas e centenas de histórias analfabetas, uma história de amor à primeira vista. É, como escreveu Marilyn Butler, professora em Cambridge e a mais importante crítica de Austen, uma história de ódio à primeira vista. E a lição, a lição final, é que amor à primeira vista ou ódio à primeira vista são uma e a mesma coisa: formas preguiçosas de classificar os outros e de nos enganarmos a nós."

UM DESEJO

João Gonçalves 25 Jan 06

Gostava que o Pulo do Lobo estivesse "em linha" até ao dia 9 de Março. Foi para esse dia que ele foi criado.

"CHEGOU O PRESIDENTE"

João Gonçalves 25 Jan 06

Relembrar, lendo-o nesta altura, o artigo de Vasco Pulido Valente, transcrito pelo Minha Rica Casinha.

NEM NA VIDA

João Gonçalves 25 Jan 06



"Não existe lugar para as emoções nos negócios. Nem na vida."

Will&Grace

FODA-SE

João Gonçalves 25 Jan 06



"Já contei a alguns amigos mas ninguém acredita: "Quando um dia for casada e tiver um filho, vou fazer uma sopa de peixe com o leite das minhas mamas". A cena, fruto da imaginação extraordinária de José Rodrigues dos Santos, aparece n’O Codex 632. É um daqueles momentos que marca, para sempre, a carreira de um escritor. O magnetismo desta passagem é tal que se torna impossível falar da história do livro, das qualidades estilísticas do autor ao nível das descrições, da construção das personagens, a sua psicologia, as suas emoções, etc." Continue a ler a "leitura" do livro pelo João Pedro George. Desculpem a expressão, foda-se.

THE DANCING QUEEN

João Gonçalves 25 Jan 06


Não sei bem porquê, talvez por ter andado hoje de metro, deu-me saudades do José Manuel Rosado. Lembrei-me dos postais divertidos que me mandava de Marrocos onde regressava sempre. Lembrei-me da nossa risota nos bastidores de um concurso televisivo em Paço d' Arcos onde ele compunha uma figura qualquer. Lembrei-me no nosso último encontro, justamente no metro, e na conversa que se prolongou à porta do Colombo. Depois disso, só a notícia do seu suicídio, no Algarve, me voltou a falar dele. O Zé Manel, como grande comediante que era, seria porventura um homem infeliz e melancólico. Nós não o podíamos perceber nas noites e madrugadas em que a sua e a nossa loucura se juntavam. Nunca chegámos a ir a Marrocos. Pode ser que no deserto que ele escolheu sozinho , a loucura continue.

SE

João Gonçalves 25 Jan 06

Alguns dos "discursos" sobre as respectivas derrotas presidenciais - foram cinco - assentam na "teoria do se". "Se" a esquerda não se tivesse dividido, "se" Cavaco tivesse falado mais, "se" Alegre não tivesse avançado, "se" houvesse segunda volta, "se" houvesse uma "candidatura patriótica", etc, etc. Acontece que se hoje não estivesse tanto vento, o dia até teria sido aprazível. Acontece que, se nenhum daqueles cinco candidatos conseguiu ganhar a eleição, alguém a ganhou. "Tudo verdade, portanto" . Como diria a mais famosa dona Constança da política portuguesa contemporânea, habituem-se, caramba.

A MITOMANIA ALEGRE

João Gonçalves 25 Jan 06

A tonteria que envolveu a campanha de Manuel Alegre pretende prolongar-se. "O poder dos cidadãos", uma coisa que Alegre parece ter descoberto nesta fase tardia da sua vida política, depois de ter estado mais de trinta anos em actividades exclusivamente partidárias, comove alguns dos seus mais afoitos apoiantes. Era bom que alguém explicasse a essas almas duas ou três coisas. Em democracias da natureza da nossa, e embora a representatividade política não se deva esgotar nos partidos, é fundamentalmente com eles que a coisa funciona. Até o general Eanes, que era alérgico, acabou por fundar um. Ou seja, as criaturas que berram que "ninguém pára Alegre", ou querem um PS "novo", ou querem outra coisa parecida e nada filantrópica. Depois, fazia-lhes igualmente bem perceberem que os votos de domingo se esgotaram naquela eleição. Quer os do candidato vencedor - que realçou claramente este aspecto -, quer os dos outros todos, mesmo os tribunícios que apareceram apenas para contar os deles. O ter ficado à frente ou atrás só interessa para efeitos domésticos, logo, de partido, a tal entidade de que os apoiantes de Alegre querem aparentemente fugir. A mitomania Alegre terminará oportunamente como começou. É só dar tempo ao tempo.

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