Miguel Serras Pereira costuma ser um tradutor que não me desilude. Quanto ao mais que perpetra - versos? - não leio. Mas li isto e, a sério, sorri com o título, o famoso
cliché do "somos todos" qualquer coisa, na circunstância, ciganos romenos. Não somos e o Miguel também não é a não ser a título retórico. Ninguém está a atacar cidadãos por serem romenos e, muito menos, ciganos. O que se aplaude - eu aplaudo e pode chamar-me racista ou fascista que dormirei descansado na mesma - é a repatriação de ladrões. Porque, Miguel, para ladrões já temos quanto basta com bilhete de identidade nacional. Se viaja, sabe perfeitamente a que é que estes coirões e coironas se dedicam com inusitada proficiência. É evidente que há sempre injustiças nestas coisas e nem todos e nem todas são gatunos. Todavia, a vida é mesmo assim, injusta, e não uma casa na pradaria. E não, não somos todos ciganos romenos. O que todos devemos ser é decentes e civilizados - ciganos, brancos, pretos ou amarelos. Nenhum Estado pode usar os impostos dos seus concidadãos para sustentar gatunagem tenha ela a cor que tiver. Isto não é bonito de se dizer no meio de tanta tenda falsamente montada no estafado "multiculturalismo" dos congressos em hotéis de cinco estrelas onde as carteiras estão, em princípio, seguras. Mas o mundo é porventura bonito?